Fiocruz Pernambuco promove discussão para realização de pesquisa sobre o tema
A Fiocruz Pernambuco promove nos dias 30 de janeiro e 1 de fevereiro, o workshop “Movimentos Sociais e Zika”. Na ocasião, pesquisadores do departamento de Saúde Coletiva da instituição, do Instituto Fernandes Figueira (Fiocruz Rio de Janeiro), da London School e da Universidade Federal de Pernambuco, se reunirão com representantes de organizações não-governamentais (ONG) e de movimentos sociais para discutir a realização de uma pesquisa voltada para o tema.
Sabe-se que, embora os casos da síndrome congênita do Zika (SCZ) não se restrinjam a determinada classe social, aqueles que vivem na extrema pobreza são os mais atingidos pela epidemia, com 70% dos casos de microcefalia registrados nesta camada da população. No Brasil, de acordo com o Censo 2010, aproximadamente 35 milhões de brasileiros não têm água encanada, mais de 100 milhões não têm acesso a esgoto e mais de oito milhões de habitantes de cidades não contam com coleta de lixo regular.
Diante da urgência causada pela velocidade, amplitude e gravidade dos casos de SCZ, a maior parte dos estudos desenvolvidos, neste último ano, envolvendo a zika, concentraram suas investigações nos aspectos clínicos e epidemiológicos da doença. Assim, a pesquisa “Impactos sociais e econômicos do vírus zika no Brasil”, visa possibilitar melhores estratégias de prevenção/cuidado, assim como a elaboração de políticas públicas culturalmente adequadas e uma melhor compreensão do custo humano da epidemia.
O estudo – financiado pela fundação do Reino Unido, Wellcome Trust – terá duração de um ano, contado a partir do workshop, e será aplicado nas cidades do Recife e Rio Janeiro. O evento será realizado no auditório da Fiocruz Pernambuco apenas para convidados.
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