Universidades do RN avaliam aprovação de cursos pela Capes Políticas de C&T

quinta-feira, 7 janeiro 2016

Matéria do Nossa Ciência aponta que o RN foi o estado nordestino com maior número de cursos de pós graduação stricto sensu aprovados pela Capes em 2015. Representantes da UFRN, Ufersa e UERN comentam.

Dos 61 novos cursos aprovados pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) do Ministério da Educação (MEC) em 2015, 13 foram propostos pelas universidades localizadas no estado do Rio Grande do Norte. Em 2014, o estado teve 10 novos cursos aprovados.

Para o vice reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, José Daniel Diniz Melo, o sucesso da UFRN na aprovação de cursos de pós-graduação é resultado da continuidade de uma política institucional iniciada há alguns anos em busca da excelência acadêmica.

Instituição proponente de quatro propostas aprovadas em 2015, a UFRN teve o curso com a maior nota inicial em todo o país. O Programa de Pós Graduação em Bioinformática já começa suas atividades oferecendo mestrado e doutorado com nota cinco. Em 2014, a UFRN teve sete novos cursos de mestrado e doutorado aprovados.

O professor Diniz Melo pontua os fatores que, na sua opinião, interferem nos resultados alcançados pela pós graduação da UFRN. “um processo de avaliação interna de mérito para garantir a submissão de propostas bem estruturadas, uma visão estratégica para a contratação de docentes que também promova o fortalecimento da pós-graduação e um grande investimento na infraestrutura destinada aos cursos”.

Mossoró

Transformada em universidade em 2005, período de ampla expansão da educação pública superior no país, a Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa) conquistou bons índices em 2015. A instituição teve dois mestrados aprovados, um dos quais  – o de Cognição, Tecnologias e Instituições – com nota acima da média. A maioria dos mestrados é aprovada quando estes alcançam a nota três e o da Ufersa teve nota quatro.

O outro motivo de orgulho referido pelo reitor José de Arimatea de Matos é a boa colocação da universidade no ranking das melhores instituições de ensino superior realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anisio Teixeira (INEP),do MEC. Entre 230 instituições avaliadas, a Ufersa ficou em 49º lugar. Comparada às Instituições sediadas no nordeste, ficou na sexta posição, atrás das universidades federais de Pernambuco, do Ceará, do Rio Grande do Norte, da Bahia e da Paraíba, nessa ordem. Leia a Entrevista com o reitor José de Arimatea Matos no final dessa matéria.

Estadual

Dos 13 cursos de mestrado e dois de doutorado oferecidos pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, quatro foram aprovados em 2015 e um em 2014, o que indica que a pós graduação stricto sensu é recente na UERN, mas também que o oferta tem crescido exponencialmente.

“Isso deve-se, principalmente, ao crescente número de docentes com título de doutor em nossa Instituição, que hoje somam aproximadamente 300”. Essa é a opinião do pró reitor de Pesquisa e Pós Graduação da UERN, João Maria Soares.

O pró reitor acredita que a política de capacitação docente tem contribuindo fortemente para este aumento do número de doutores e informa que a instituição ainda aguarda o parecer final da Capes de outros três cursos de mestrado ainda no primeiro semestre de 2016.

Entrevista

Reitor da Ufersa, José de Arimatea de Matos

Nossa Ciência: Como o senhor avalia a participação da Ufersa na boa colocação do Rio Grande do Norte na aprovação de novos cursos de pós graduação?

José de Arimatea de Matos: É com satisfação que recebemos a informação que a Ufersa faz parte deste seleto grupo de universidades. Nos últimos três anos, nós trabalhamos para expandir em números e, principalmente, em qualidade a nossa pós-graduação strictu sensu e assim estamos conseguindo.

NC: A Ufersa teve duas propostas de mestrado aprovadas, sendo uma com nota inicial maior que a maioria. Que leitura a Universidade faz desse fato?

JAM: Em 2015, apresentamos sete projetos na CAPES e obtivemos dois programas aprovados: o de Cognição, Tecnologias e Instituições com conceito 4 e o programa de Mestrado em Ensino, o primeiro a ser implantado em um Campus da Ufersa fora da sede, no caso o programa é de Caraúbas. Além disso, ainda passamos a integrar o programa de Mestrado Profissional em Administração Pública em Rede Nacional, o PROFIAP. A Ufersa foi uma das 12 instituições selecionadas que passarão a fazer parte deste programa. Diante disso, fazemos um balanço muito positivo do ano de 2015.

NC: Qual impacto a Universidade espera que esses cursos tenham para o estado e especialmente para o interior, onde serão desenvolvidos?

JAM: Avançamos na pós-graduação e com isso iremos oferecer mais oportunidades de qualificação e titulação aos estudantes e profissionais do sertão potiguar que terão ao seu alcance cursos conceituados e de qualidade na própria região. Esse crescimento da pós-graduação comprova que nós estamos no caminho certo em buscar uma universidade melhor, de qualidade e acessível para todos e todas. A Ufersa, que já desenvolve e mantém programas de pós-graduação de referência na área das ciências agrárias, com mestrado e doutorado em Fitotecnia, Ciência Animal e Manejo de Solo e Água, agora passa a reforçar também a sua pós-graduação em outras áreas. Hoje dispomos de programas de pós-graduação em Engenharia de Materiais e Engenharia de Automação.

NC: A Ufersa pretende apresentar novas propostas de pós graduação stricto sensu para 2016?

JAM: Para o ano de 2016, vamos submeter novos programas de pós-graduação strictu sensu. Até o momento, temos cinco projetos para serem avaliados e estamos otimistas com a aprovação. Entre os projetos, temos programas de mestrado nas áreas de Administração; Ciência e Tecnologia; Tecnologia, Saúde e Sociedade e Biotecnologia e um programa de doutorado em Computação. Paralelo a isso, também incentivamos e apoiamos a criação de novos projetos de pós-graduação em toda a universidade. Se em 2015 ficamos numa posição conceituada em relação às outras instituições de ensino superior da região, em 2016 a nossa meta e o nosso trabalho é para melhorar ainda mais esse conceito. No final do ano passado, recebemos do MEC a avaliação que somos a melhor universidade do interior do Norte-Nordeste brasileiro, queremos cada vez mais avançar também na nossa pós-graduação.

Para ler a matéria completa sobre a aprovação de novos cursos de mestrado e doutorado para as instituições de ensino superior localizadas no nordeste, acesse aqui . 

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