Uma nova fatiadora de palma Inovação

quinta-feira, 14 dezembro 2017
Ronaldo Belem Fernandes, desenvolvedor da máquina (Foto: Ribamar Neto/UFC)

Pesquisadores da Universidade Federal do Ceará desenvolvem equipamento que facilita o processamento de planta para alimentar gado

A palma forrageira, planta de origem mexicana, comum no semiárido, se adaptou bem ao clima do sertão por sua alta capacidade de retenção de água. A planta é uma cetácea que sobrevive bem aos longos períodos de estiagem, composta por 95% de água, é considerada por alguns pesquisadores, como um “açude vertical”.

Seu uso na agropecuária é bastante difundido, sobretudo na alimentação de ruminantes, que ao consumir a planta, precisam de menos água para sobreviver nos períodos de seca.

Um dos grandes problemas dos produtores, é a falta de maquinário adequado disponível no mercado e o trabalho manual de corte da palma. As máquinas existentes, geralmente são usadas no processamento de outras culturas, resultando num corte inadequado e pouco atraente para o animal, gerando uma massa pastosa e perda de água. Já o corte  manual apresenta poucas vantagens para o produtor, pois demanda muito tempo e os espinhos podem causar cortes e penetrar na pele.

A fatiadora desenvolvida pelo Departamento de Engenharia Agrícola da UFC é resultado da pesquisa de doutorado de Francisco Ronaldo Belem Fernandes, sob orientação do Prof. Daniel Albiero. O protótipo é considerado mais barato para criadores que os equipamentos profissionais e evita o trabalho manual. Com funcionamento simples, em uma hora, é possível obter 2 mil quilos que palma fatiada em pequenos pedaços, própria para consumo do gado. Para utilizá-la, existem duas opções: alimentação por eletricidade ou uso de veículos tratores.

A invenção da UFC teve registro de depósito de depósito da patente requerido pela Coordenadoria de Inovação Tecnológica (CIT) da Universidade no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Os pesquisadores esperam agora inserir o produto no mercado, através de parceria com a iniciativa privada, visando tornar o equipamento acessível aos pequenos produtores.

O diálogo com empresas interessadas no projeto ainda está em andamento, mas a expectativa é que não demore muito até os primeiros modelos começarem a ser vendidos.

Redação com informações de Kevin Alencar/ Agência UFC

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