A detecção de um gigante planeta gasoso foi feita com o novíssimo Telescópio Espacial TESS da NASA
A descoberta deste primeiro exoplaneta do tipo Saturno (gigante gasoso) com o mais novo satélite caçador de planetas da NASA, o TESS – Transiting Exoplanet Survey Satellite, se destaca por ser a primeira na qual foi possível fazer um estudo preciso da estrutura interna da estrela hospedeira (estrela que hospeda o planeta), baseado em suas pulsações e interpretação de seu espectro de frequências. Esta técnica chamada de astero-sismologia, estuda os diferentes modos de oscilação que penetram em diferentes profundidades da estrela e fornecem informações que, de outra forma, seriam insondáveis. Neste estudo, a estrela hospedeira tem seu interior desvendado de modo similar aos estudos de sismologia, que já revelaram o interior da Terra e de outros planetas sólidos através do uso de oscilações sísmicas.
A análise demonstra que a estrela começou uma evolução de ascensão para a fase das gigantes vermelhas, que representa o futuro do Sol. O planeta descoberto orbita a estrela TOI-197 (HIP116158), que é uma subgigante brilhante de magnitude V = 8,2 mag. O estudo astero-sísmico produz uma robusta capacidade de definir as características da estrela. A estrela tem raio de aproximadamente 2,943 raios solares e uma massa de 1,212 massas do Solares, além de uma idade de 4,9 bilhões de anos, sendo ligeiramente mais velha que o Sol.
O professor José-Dias do Nascimento Jr., Astrofísico líder do Grupo de pesquisas em Astrofísica, Estrutura e Evolução Estelar (Ge3) da UFRN e participante da descoberta afirma “TOI-197.01 é hoje um dos planetas do tamanho de Saturno com a melhor caracterização de todos os tempos” e destaca que “este objeto descoberto nesta colaboração de mais de cem pesquisadores de vários países, contribui para a seleta lista de exoplanetas conhecidos com um grande nível de precisão e que orbitam estrelas bem caracterizadas, demonstrando assim o grande poder do satélite TESS em detectar exoplanetas em estrelas hospedeiras parecidas com o Sol.
A técnica
Combinando a astero-sismologia com a modelagem do trânsito planetário e observações de velocidade radial, os pesquisadores concluíram que o planeta é um “Saturno quente” com um raio de 9,17 +/- 0,33 raios terrestres e com uma massa 60,5 +/- 5,7 massas terrestres e um período orbital de aproximadamente 14 dias. Numa análise mais detalhada, estes valores mostram que o planeta se encontra na transição entre um sub-Saturno e Júpiter, quando considerando os valores da densidade do exoplaneta descoberto.
Assista o vídeo: Estamos Sozinhos?
Saiba mais sobre o TESS.
Fonte: Departamento de Física da UFRN
A Física é uma ciência muito bela. Suas descobertas levaram ao avanço da tecnologia a qual proporciona as inovações que temos como a energia elétrica, as lãmpadas, funcionamento de máquinas como refrigeradores, celulares, motores elétricos, cartões magnéticos, exames de imagens como RX, ultrasson e muitas outras maravilhas. No entanto, parece-me perca de tempo cientistas receberem muito dinheiro público ou privado para promover exaustivas pesquisas científicas para encontrar ou contar estrelas e planetas no universo.