Futuro Potypark pretende aproveitar as potencialidades econômicas do estado como a salineira, a energética e o turismo
O Rio Grande do Norte tem dado passos para a construção do Potypark, um parque tecnológico a ser construído em Extremoz, município integrante da Região Metropolitana de Natal . O Masterplan – documento contendo os estudos e os termos de viabilidade, os projetos arquitetônicos e os de governança já foram concluídos e de acordo com o presidente da Fundação de Apoio à Pesquisa do Rio Grande do Norte (Fapern), Uílame Umbelino, a expectativa é que no final de 2018 a infraestrutura esteja construída e o parque dê início efetivamente às suas atividades. À Fapern caberá a gerência do Potypark, quando estiver em funcionamento.
Para a reitora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Ângela Paiva, a universidade faz parte da tríplice hélice do desenvolvimento. As outras duas, às quais se refere a reitora, são o governo e as empresas. Para ela, as instituições que produzem conhecimento, que fazem pesquisa aplicada, que já fazem inovação, como as universidades federais no Brasil, tem a função de dar sua contribuição na transformação do conhecimento em bens tangíveis, processos e produtos novos. A UFRN e a Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern) também integram o comitê gestor do parque tecnológico juntamente com o governo do estado.
“O Potypark representa uma grande oportunidade da universidade, dos institutos trabalharem em parceria com o governo estadual e com o setor produtivo, para que aquele conhecimento que nós produzimos possa ser aplicado nas soluções tecnológicas e também soluções que vão gerar benefícios sociais para o povo potiguar”, ressaltou Ângela.
O parque tecnológico do RN deverá ter o investimento de R$60 milhões, oriundos do Banco Mundial, através do projeto RN Sustentável. De acordo com projeto aprovado, o Potypark vai adequar a pesquisa e o conhecimento produzido pelas universidades ao melhor aproveitamento das potencialidades econômicas em várias áreas como a mineral, pesca oceânica, agropecuária, salineira, energética e turismo. O estudo de viabilidade técnica e plano de negócios do Parque Tecnológico do Rio Grande do Norte foram elaborados pela consultoria Sociedade Portuguesa de Inovação – SPI, selecionada por licitação.
Lembrando que o mundo passa por sua quarta revolução industrial ou economia do conhecimento, na qual o conhecimento move todos os processos, o diretor do Instituto Metrópole Digital da UFRN, Ivonildo Rego, afirma que o Rio Grande do Norte está atrasado para a construção do seu parque tecnológico e na sua política de amparo à pesquisa. “Apesar de ter um parque de produção de conhecimento bastante interessante com várias universidades que estão produzindo ciência de qualidade e fazendo coisas interessantes na área de inovação, o RN entra bastante atrasado nesse processo”, pontuou.
Ivonildo ressaltou que a construção de um parque tecnológico é um importante elemento de desenvolvimento, mas que o estado precisa fortalecer a Fapern, com a destinação dos recursos necessários à transformação de conhecimento em riquezas. “É preciso que se tenha recursos para apoiar as pequenas e médias empresas, para fazer com que os conhecimentos produzidos nas instituições cheguem ao setor produtivo e ao setor público de um modo geral. Então nós temos muito a fazer nesse sentido e eu posso dizer que do ponto de vista da política de amparo à pesquisa, nós estamos bastante atrasados, temos perdido oportunidades de captar recursos e alguns convênios tiveram problemas e o estado precisa equacionar todas essas questões. Não precisa de grandes volumes de recursos, mas aquele pouco que for aplicado, vai alanvancar mais recursos das agências federais e vai ajudar a mobilizar nossa estrutura de produção do conhecimento”, finalizou.
No Ceará, a Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação Superior do estado está em negociação com a Universidade Federal do Ceará (UFC) para consolidar um termo de cooperação entre as instituições com vistas à instalação do Parque Tecnológico na UFC.
O Nossa Ciência vem acompanhando o avanço do projeto do parque cearense . Leia mais.
Mônica Costa
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