Serrapilheira aprova pesquisa da UFRN em Oceanografia Pesquisa

sexta-feira, 17 maio 2019
Entre os 12 selecionados, o projeto da UFRN é o único do Norte e Nordeste (Foto: UFRN)

Entre os 12 selecionados pelo Serrapilheira, o projeto da UFRN é o único do Norte e Nordeste

Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande (UFRN) foi selecionada pelo Instituto Serrapilheira para receber bolsa de R$ 1 milhão, cujo valor deve ser utilizado durante três anos do estudo. Concorrendo inicialmente com 2 mil propostas de pesquisadores do Brasil, o professor do Departamento de Oceanografia e Limnologia (DOL), Guilherme Ortigara Longo, é o coordenador da única proposta selecionada das regiões Norte e Nordeste do país.

O objetivo da pesquisa científica é avaliar os potenciais impactos globais, especialmente relativos ao aumento da temperatura e à diminuição do pH (escala de acidez) nos oceanos sobre organismos marinhos, como os corais, os peixes e as algas. Dessa forma, o intuito é desvendar como os recifes brasileiros vão lidar com as mudanças provocadas pelos mares mais aquecidos e acidificados.

Saiba mais sobre a pesquisa

Professor Guilherme Ortigara Longo, do Departamento de Oceanografia e Limnologia (DOL) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (Foto: Google)

Segundo o professor Guilherme Longo, o estudo possui diferentes frentes de atuação. Uma delas é a ecologia histórica, com a recuperação do passado dos recifes brasileiros, além da previsão do futuro com modelos matemáticos baseados em dados disponíveis e em simulações no laboratório. Haverá ainda o monitoramento científico dos corais, utilizando modelos 3D e biologia molecular, bem como o acompanhamento cidadão, no qual qualquer pessoa pode participar via redes sociais, compartilhando fotos com a hashtag #deolhonoscorais.

O trabalho tem um caráter agregador, visto que reuniu mais de 30 pesquisadores de sete instituições do Brasil, da Espanha e dos Estados Unidos. Para a segunda fase, a meta é fortalecer as atividades da rede, que resultam na formação de recursos humanos nos níveis de graduação, pós-graduação e pós-doutorado, assim como a implementação da estrutura de mesocosmo (manipulação de temperatura e pH em laboratório e com bastante refinamento). “Pretendemos instalar essa estrutura no Departamento de Oceanografia da UFRN, para que possamos fazer aqui no estado os mesmos experimentos que são feitos nos países líderes em ciência”, planeja o cientista.

Nessa perspectiva, a importância do financiamento está ligada ao desenvolvimento regional, pois, entre os 12 selecionados pelo Serrapilheira, o projeto da UFRN é o único do Norte e Nordeste, o que fortalece a instituição de ensino como referência na área. “A gente fica muito feliz com a seleção, que é um grande mérito científico, mas a conquista vai além porque contribui para que a gente continue fazendo pesquisa de qualidade dentro de uma universidade pública e formando alunos com excelência”, comemora o docente.

(Fonte: UFRN)

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