Ufersa cultivou um pomar com mais de 30 espécies para fins didáticos. No espaço também são realizadas pesquisas com plantas frutíferas
Com mais de trinta culturas, a Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa) mantém no Campus Leste, em Mossoró, um pomar didático. Cultivado numa área de dois hectares, o local serve para aulas práticas dos cursos de graduação em Agronomia e, em Engenharia Agrícola e Florestal, principalmente, as disciplinas relacionadas à produção frutífera. O pomar didático também abriga diversas pesquisas dos alunos de iniciação científica, mestrado e doutorado.
Segundo o professor Vander Mendonça, coordenador da pós-graduação em Fitotecnia, o pomar foi criado há cinco anos, mas ainda está sendo estruturado. “É que as plantas frutíferas demoram mais a produzir”, afirmou. No pomar da Ufersa encontramos plantações de goiaba, banana, manga, caju, mamão, acerola, romã, abacaxi, limão, entre outras fruteiras.
A plantação dos canteiros e a manutenção do espaço são de responsabilidade dos próprios estudantes que integram o Grupo de Pesquisa em Fruticultura – GPE –, que conta com a participação de 15 alunos de graduação e da pós-graduação. A maior parte das mudas foi doada por produtores ou vindas da Embrapa.
Além das aulas de fruticultura, no espaço são ministradas aulas práticas de irrigação e drenagem, agricultura geral e tratos culturais, que envolve adubação e podas. “O pomar é aberto a toda comunidade acadêmica que queira desenvolver trabalho de pesquisa”, esclarece o professor Vander Mendonça. Atualmente, no local estão em andamentos 16 projetos de pesquisas.
Figo no semiárido potiguar
O figo roxo-de-valinhos, como o próprio nome indica é predominante em Valinhos, no interior de São Paulo. Esse é um dos frutos que vem sendo pesquisado no pomar didático da Ufersa. A pesquisa é para saber a viabilidade da expansão dessa cultura na região do semiárido norteriograndense. O experimento inicial contou com 16 plantas e nesse ano foi ampliado para 200 mudas. “Temos todas as condições favoráveis como temperatura alta, baixa umidade relativa e baixa incidência de pragas”, adiantou Mendonça.
Os pesquisadores já fizeram a primeira colheta de figo, realizaram a poda das plantas e, agora, prosseguem com a estarquia para aumentar o experimento. “Queremos saber a vibilidade econômica dessa cultura na nossa região, bem como a qualidade dos frutos produzidos”, informou o professor.
Pesquisas com Plantas Frutíferas
Espécie Número
Goiaba 04
Abacaxi 03
Pitanga 01
Acerola 01
Maracuja 01
Uva 02
Romã 01
Frutas Cítricas 01
Coco 01
Figo 01
(Dados da Ufersa)
Deixe um comentário