Nossa Ciência relembra as matérias mais significativas de 2017
Um estudo do Conselho Nacional das Fundações de Apoio às Instituições Federais de Ensino Superior e de Pesquisa Científica e Tecnológica (Confies) revelou que um pesquisador gasta, em média, 33% de seu tempo com burocracia. Com o título “O que pensa o pesquisador brasileiro sobre a burocracia?”, a pesquisa realizada entre novembro e dezembro de 2016 mostrou que os problemas burocráticos enfrentados pelos cientistas incidem, principalmente, sobre a compra de materiais, bens e insumos utilizados nos laboratórios das instituições de ensino superior (IFES) e de pesquisa científica e tecnológica. A pesquisa ouviu 301 pesquisadores que coordenam projetos de pesquisa em 34 universidades federais, desses 23% são da região nordeste.
A perda de tempo com a burocracia também foi a principal queixa de vários pesquisadores entrevistados pelo portal Nossa Ciência.
O estudo foi feito com o apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
Em matéria publicada pelo Jornal da Ciência, o presidente do Confies e responsável pela pesquisa, Fernando Peregrino, disse que o excesso de burocracia traz perdas significativas à atividade de pesquisa e o desenvolvimento (P&D) do País. Conforme disse, em cada universo de 10 cientistas, os serviços burocráticos consomem o tempo de três pesquisadores.
Com base na plataforma de dados do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, Peregrino conta que existem 188 mil pesquisadores em atividade no País. Mas que, em razão da burocracia excessiva, quase 60 mil deles são subtraídos.
Redação
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