Com novo material, que promete revolucionar a indústria, universidade consegue mais uma patente, a primeira de 2020
A Universidade Federal da Paraíba (UFPB) teve mais uma patente concedida, a primeira do ano de 2020. A invenção se chama “Luva com Efeito Memória de Forma Modificada para a União de Tubulações” e teve a Carta-Patente concedida no último dia 28 de janeiro. A informação é do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).
A luva é uma liga metálica composta pelos metais cobre, alumínio, berílio, nióbio e níquel que, na forma de luva de união e quando submetida a modificações dimensionais no seu diâmetro interno por ação mecânica e tratamentos termomecânicos, apresenta propriedade de memória estrutural apropriada para unir tubulações sem o uso dos procedimentos convencionais de soldagem ou colagem.
O campo de aplicação da luva é nas indústrias química, petroquímica, agroindústria e em demais setores com atividades que utilizam tubulações metálicas em processos de produção ou para a conservação ambiental. A maior vantagem dessa tecnologia é ser armazenada em temperaturas próximas, menores ou maiores que 0º C.
A novidade foi criada por cinco inventores, todos professores da UFPB: Tadeu Antônio de Azevedo Melo, Danniel Ferreira de Oliveira, Ieverton Caiandre Andrade Brito, Rodinei Modeiros Gomes e Severino Jackson Guedes de Lima, que faleceu antes de a patente ser concedida.
De acordo com um dos inventores, Danniel Ferreira de Oliveira, as luvas visam à substituição do processo de soldagem, que degrada o revestimento interno existente em tubos de petróleo. Danniel contou que a aplicação das luvas possibilita a redução de custos para a indústria que utiliza tubulações metálicas, além de ser um produto de alta performance.
“Uma luva convencional exige que o operador leve nitrogênio líquido para poder expandir essa luva e colocar nos tubos. No nosso caso, não, a gente pode armazenar ela em temperatura a 0° C ou acima, levar para o campo e apenas aquecer no local, que é mais fácil do que resfriar”, disse Danniel.
Ele comemorou a concessão da patente porque é uma garantia para os criadores do produto. A patente tem validade de 20 anos, a partir da data do depósito, que foi em 22 de outubro 2013. Agora, os inventores pretendem divulgar o produto para as empresas tomarem conhecimento e aplicarem na indústria.
Líder em depósito de patentes
O Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) confirmou, no dia 14 de novembro do ano passado, a liderança da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) em depósito de patentes no país, conforme já havia anunciado a Agência de Inovação Tecnológica (Inova) da instituição paraibana e a Folha de S.Paulo, a partir da análise do banco de dados do instituto brasileiro.
A UFPB assumiu em 2018 o topo do ranking de maiores depositantes nacionais de patente de invenção com 94 pedidos, seguida pela Universidade Federal de Campina Grande (82 pedidos) e Universidade Federal de Minas Gerais (62 pedidos).
Em 2017, a liderança estava com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que passou para quinta colocada, com 50 pedidos de patente no ano passado. Já a Universidade de São Paulo (USP), que ocupava a quinta posição, caiu para o sexto lugar no ranking (47 pedidos). A UFPB subiu da 4° para a 1° posição.
Fonte: Ascom da UFPB
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