Estudantes do Campus da UFC em Quixadá desenvolvem aplicativo de realidade aumentada
Estudantes do Curso de Engenharia de Computação da Universidade Federal do Ceará em Quixadá estão desenvolvendo um aplicativo para auxiliar pessoas com deficiência visual. A equipe do Smart Glasses, desenvolvedora de óculos especiais que detecta obstáculos acima da linha da cintura, agora aposta em mais uma tecnologia assistiva para auxiliar alunos com baixa visão: o aplicativo VREye.
O projeto é desenvolvido pelos estudantes Marcelo Martins da Silva e Jeimison Moreno Lima sob orientação do professor Wagner Al-Alam e da coordenadora do Núcleo de Inovação e Empreendedorismo do Campus da UFC em Quixadá (INOVE), Roberta Dutra.
De acordo com Marcelo Martins, o VREye é um aplicativo de realidade aumentada que auxilia pessoas com deficiência que tenham baixa visão, miopia ou outros tipos de dificuldades visuais. Funciona ampliando a imagem para que as pessoas possam realizar atividades educacionais, como ler ou visualizar gráficos, por exemplo. “Nele é possível configurar o zoom e movimentar a tela de maneira que fique confortável para o usuário”, explica.
O projeto ainda está em fase de testes, mas já participa de concursos e competições nacionais. A startup Smart Glasses inscreveu o VREye no V Concurso Apps.Edu, que tem como objetivo diagnosticar problemas que afetam a educação no Brasil e propor soluções tecnológicas para o progresso da educação e do empreendedorismo digital. Se selecionada, a equipe apresentará o aplicativo nos dias 12 e 13 de novembro para uma banca de avaliadores no Congresso Brasileiro de Informática da Educação, em Brasília.
Os estudantes também produziram um vídeo explicando o aplicativo, que funciona por comando de voz. A ideia, segundo Marcelo, surgiu a partir da necessidade de ajudar um colega de curso que possui baixa visão.
Inove
Incubada pelo Núcleo de Inovação e Empreendedorismo do Campus da UFC em Quixadá (INOVE), a startup Smart Glasses desenvolve tecnologias assistivas para pessoas com deficiência visual. Ela ficou entre as três melhores do Programa Corredores Digitais em 2018 e venceu, ano passado, o Salão do Inventor Cearense com um projeto de óculos com sensores capazes de avisar obstáculos por meio de avisos sonoros e vibrações.
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