Novos frutos do mesmo jardim Inovação

terça-feira, 23 agosto 2016

Premiado no ano passado em competição nacional, o projeto Connected Garden: An Intelligent Garden fica entre os melhores agora em competição internacional na China.

Sabe aquele jardim lindo, com plantas viçosas, que exigem um grande cuidado do dono, como o controle da quantidade de água, da temperatura e da luminosidade do ambiente? É um luxo que somente pessoas com bastante tempo livre podem ter, certo? Por enquanto sim, mas se depender de um projeto de alunos da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, não por muito tempo. Quando transformado em produto, o Connected Garden vai possibilitar que mesmo pessoas muito ocupadas possam ostentar um belo jardim.

O projeto Connected Garden: An Intelligent Garden acaba de ganhar mais um prêmio e dessa vez numa competição internacional. A equipe ficou em terceiro lugar na competição Intel Cup Undergraduate Electronic Design Contest – Embedded System Design, Invitational Contest, que ocorreu em Shanghai, na China, de 22 a 26 de julho.

Fácil de usar

Para a coordenadora do projeto, Mônica Magalhães, dois aspectos foram relevantes para o connected ter ficado entre os melhores numa competição mundial. O primeiro é ter um foco numa necessidade real, que é o monitoramento e irrigação de plantas. Ela explica que embora o protótipo seja voltado para pequenos jardins, o projeto pode ser aplicado também em estufas e hortas. “O segundo é que o projeto provê não somente a tecnologia para o monitoramento, mas também a interface para que o usuário possa facilmente controlar e monitorar o jardim”, completa.

Ela garante que ser premiado numa competição de grande reconhecimento, é um reconhecimento efetivo de que o projeto tem qualidade. Outro ganho foi a participação em si. “Para os alunos, foi uma excelente experiência. Eles puderam conhecer os projetos que participaram da final.”

Abrir a mente

“Poder conhecer outras pessoas de outros lugares do mundo e ver os projetos que eles desenvolvem foi uma experiência fantástica. Abriu mais a mente da gente.”  Essa é a opinião de Raul Silveira da Silva, aluno do curso de Bacharelado em Tecnologia da Informação, um dos idealizadores do projeto, sobre sua participação na competição. Prestes a ingressar no curso de Ciência da Computação, Raul garante que ter conhecido ficou mais estimulado em fazer coisas mais difíceis. Além de Raul e da professora Mônica, o aluno Wanderson Ricardo de Medeiros, de Ciência da Computação, também integrou a equipe na competição.

O aluno, que precisou desistir de uma bolsa de Iniciação Científica em outro projeto para poder participar da competição na China, ficou impressionado com o nível de dificuldade que alunos de graduação participantes da competição conseguem lidar. “Uma menina fez um projeto que com o uso de uma touca era capaz de interagir com o Mário dentro do jogo apenas com o pensamento. Aqui a gente acha que isso é complicado de fazer, mas uma simples aluna de graduação fez”.

Produto

As perspectivas do projeto virar um produto comercializável já estão no horizonte. A professora Mônica revelou que uma empresa incubada na UFRN já demonstrou interesse em conhecer mais profundamente o projeto para uma possível parceria.

Sediada na Shanghai Jiaotong University, a competição de sistemas embarcados acontece a cada dois anos na China envolvendo competidores chineses e de países como Brasil, México, Índia, Singapura e Estados Unidos. Somente projetos convidados podem participar da competição.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Site desenvolvido pela Interativa Digital