Fapeal aponta a importância do veículo como espaço para notícias e matérias sobre ciência e tecnologia
O Portal Nossa Ciência e seu boletim semanal aparecem ao lado de outros veículos que são referência nacional na área de CT&I que contribuíram na divulgação da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal). O levantamento foi apresentado na mesa redonda com o tema Divulgação e Popularização da Ciência: Experiências e Perspectivas, no dia 22 de agosto, durante o 52º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, em Maceió.
A Fapeal foi representada por seu diretor-presidente, Fábio Guedes Gomes, que apresentou as iniciativas e os principais resultados da comunicação da fundação, sob o título Popularização da Ciência e Tecnologia: o caso da Fapeal. Ele apontou que a produção da área de comunicação da instituição alagoana tem conseguido influenciar a construção da pauta jornalística local, ampliando os espaços para notícias e matérias sobre ciência e tecnologia.
“Além disso, em 2016 conseguimos uma boa inserção nacional”, comentou o gestor em alusão às reportagens de TV e entrevistas de rádio com gestores e pesquisadores apoiados pela fundação e à reprodução de releases da Fapeal em veículos que são referência nacional na área de CT&I, como os sites Jornal da Ciência e Agência CT&I, o blog Direto da Ciência e o site/newsletter Nossa Ciência.
Interação
Os pontos abordados foram: a exposição de 25 anos da Fapeal, em outubro de 2015, que foi visitada por mais de 2.300 pessoas; a Fapeal em Revista, que divulga as pesquisas financiadas pelo órgão e é distribuída gratuitamente nas escolas da rede pública estadual; a aproximação com o público por meio do site oficial e das redes sociais; o calendário temático que teve sua 13ª edição em 2015 e já virou item de colecionador e o prêmio de jornalismo em CT&I que será lançado ainda este ano pela Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), com o apoio da Fapeal.
O diálogo foi coordenado pela professora Zulma Medeiros, da Fundação Oswaldo Cruz, de Pernambuco. Também da Fiocruz foi a palestrante Cristina Araripe, que falou sobre a Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente. Ela mencionou que nos últimos 15 anos, o número de feiras e olimpíadas científicas no Brasil cresceu 50%.
“As olimpíadas buscam um impacto positivo na qualidade de ensino no país, mas o que mais nos preocupa é como fazer as políticas públicas de igualdade em saúde chegarem até os professores das escolas brasileiras”, reflete.
Divulgação em comunidades periféricas
Dividiu ainda o diálogo a astrofísica Patrícia Spinelli, do Museu de Astronomia e Ciências Afins do Rio de Janeiro (MAST), com o tema “Divulgação da ciência em comunidades periféricas, rurais e tradicionais”. Ela apresentou a experiência do Projeto Galileu Mobile: desde 2008 jovens astrônomos de 10 países levam a Astronomia a estudantes, professores e moradores de comunidades com pouco ou nenhum acesso a programas culturais e de ciências.
“No ínicio, éramos todos alunos de doutorado e nossos orientadores não gostaram nenhum pouco de saber que nós queríamos parar tudo por dois meses para viajar pelo mundo”, relembra.
Eles já visitaram países como Uganda e tribos indígenas no norte do Brasil, sempre deixando pelo menos um telescópio aonde vão, e despendendo tempo e cuidado para vencer barreiras que vão desde aquelas culturais, como a língua (dialetos regionais), a timidez das crianças e cosmovisões míticas, até a falta de infraestrutura básica, como energia elétrica.
“Quando a gente resolve sair da bancada do laboratório e do telescópio, temos que estar prontos para enfrentar dificuldades. Na próxima, vamos adicionar uma antropóloga ao grupo, para facilitar a sensibilidade cultural”, observa Spinelli.
Já o professor Marcos Lucena, secretário regional da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência em Pernambuco, apresentou o projeto “A SBPC vai às escolas”, que leva pesquisadores para dentro das salas de aula e estudantes dos ensinos Fundamental e Médio para dentro das intuições de pesquisa. “Quando eu era menino, achava que para ser cientista, você tinha que ter nascido no século XVIII”, revelou o doutor em Física, ao mostrar os slides com fotos das atividades, que incluíam palestra sobre o que é uma iniciação científica.
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