Mostrando a ciência que existe no dia a dia

terça-feira, 11 outubro 2016

Saiba quem é e o que pensa Victor Farinella, autor da primeira coluna semanal de divulgação científica do Nossa Ciência, que estreia no dia 18 de outubro

No mês em que completa um ano no ar, o Nossa Ciência contará, a partir de 18 de outubro, com uma coluna semanal do estudante de Química da Universidade de São Paulo (USP), Victor Farinella. #HojeÉDiadeCiência vai falar de como a ciência faz parte do dia a dia das pessoas, do quanto é útil e muitas vezes elas nem percebem.

Quem é o novo colunista do Nossa Ciência

Antes de ingressar no curso de Química na USP, Victor Farinella, 24 anos começou o mesmo curso numa universidade particular em sua cidade, Santos/SP. Não gostou da instituição e foi aprovado para a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), dessa vez em Diadema/SP, mas seu desejo, desde o ensino médio, era estudar na USP e em 2014, conseguiu realizar essa vontade. “Isso atrasou um pouco o curso, mas não me arrependo”, afirma.

Morando em São Paulo, numa república, o estudante do sexto período acredita que a escolha do curso teve influência de um professor do Ensino Médio. “Ele se esforçava para despertar o interesse dos alunos, tentava demonstrar que aquilo era útil de alguma maneira e eu me interessei principalmente por Química Orgânica nessa época.” Fugindo ao senso comum de que apenas alunos com aptidão para as Ciências Exatas optam por cursos nessas áreas no ensino superior, Farinella revela que tinha muita dificuldade em Matemática. “Tive problemas com Matemática, com (Ciências) Exatas, por incrível que pareça. Por desinteresse meu e – hoje eu vejo  – também pela forma que (a matéria) era passada”, avalia.

Desmontador de coisas

Mas o interesse por ciência vem de mais longe. Desde a infância ele já gostava de tentar entender o funcionamento das coisas. “Meu pai é engenheiro eletricista, então tinha ferramenta em casa e sempre tive interesse em desmontar coisas. Desmontava rádio, desmontava brinquedos, fazia ligação errada com pilhas.”

Na condição de quem nunca repetiu de ano, mas também nunca foi o primeiro aluno da classe, o estudante faz a ressalva de que as condições de trabalho dos professores não são nada boas e que por isso não culpa os docentes, mas reconhece como problema a maneira como são ensinadas as Ciências Exatas. “Eu acho que falta as pessoas enxergarem que a Matemática, a Química, a Biologia existem no dia a dia dela e, bem ou mal, isso acaba sobrando para o professor mostrar. Iniciativas de governos também podem ajudar a divulgar a ciência de uma maneira mais popular do que ela vem sendo.”

Inspiração

Citando o astrofísico americano Neil DeGrasse Tyson como inspirador, o colunista do NC afirma que escolhe os temas da coluna no seu dia a dia. Procurando não ficar apenas em assuntos relacionados à Química, ele faz pesquisas em livros populares de ciência e , às vezes, exemplos mostrados em sala de aula viram textos.

Sua atuação como divulgador da Ciência não começa agora com a #HojeÉDiadeCiência. Em 2012, quando ainda era estudante da universidade particular em Santos, queria escrever sobre Química como hobby e criou um blog. Mais tarde, acabou assumindo um perfil de divulgação científica “e ganhou uma cara mais séria”, mas ele reconhece que passou muito tempo sem escrever no blog. Sua expectativa com a coluna no NC, que ele define como a experiência mais séria e engajada das que já teve, é que as pessoas gostem. “Principalmente espero que as pessoas discutam, que tenham discussão saudável na coluna”.

Na próxima terça, na estreia da #HojeÉDiadeCiência Victor Farinella vai falar da ciência que tem por trás da música que ouvimos. Anote na sua agenda, porque você não pode perder.

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