UFC realiza evento para discutir ensino e aprendizagem de línguas desde a educação infantil ao ensino superior
Pesquisadores de países como Suíça, França, Brasil, Argentina e China estão presentes em Fortaleza (CE) até sexta-feira (18) participando do 5ª edição do Fórum de Linguística Aplicada e Ensino e Aprendizagem de Línguas (FLAEL). O evento ocorre na Universidade Federal do Ceará, no momento em que o Brasil discute reformas na Educação Básica. A conjuntura nacional é oportuna para a discussão de temas como formação de professor, infraestrutura da educação, métodos de avaliação e material didático, referentes ao ensino e aprendizagem de línguas desde a educação infantil ao ensino superior.
“Desde 1996, temos uma mudança no ensino da língua portuguesa proposta na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), por exemplo, mas que ainda não chegou à sala de aula. A mudança é no sentido de trabalhar o português não com base na ‘decoreba’, mas na interpretação de textos, gêneros etc.”, explica a professora Eulália Leurquin, do Grupo de Estudos e Pesquisas em Linguística Aplicada (GEPLA) da UFC, que organiza o evento. As discussões, palestras e mesas-redondas do FLAEL concentram-se justamente nos desafios da área, pensando melhorias nos campos de ensino de línguas, alfabetização, letramento, dentre outros.
Macau
Entre os pesquisadores Sio Heng (Sónia), da Universidade de Macau, que participa do FLAEL para compartilhar conhecimento sobre elaboração de materiais didáticos de língua portuguesa na China. Segundo ela, mais de 30 instituições oferecem cursos de curta e longa duração sobre nosso idioma naquele país.
Na abertura do FLAEL a aluna Karina Morais, representante do movimento de ocupação estudantil dos cursos de Letras da UFC, leu mensagem de repúdio à condução do Governo Federal na área de Educação e à tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 55 no Senado Federal, dentre outros pontos.
A conferência de abertura foi feita pelo Prof. Bernard Schneuwly, da Universidade de Genebra (Suíça), com a palestra intitulada “Gênero: ferramenta constitutiva do ensino de línguas”.
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