Acordo entre Capes e Facepe prevê 45 milhões para ampliar apoio a ciência, tecnologia e inovação no estado até 2022. No Ceará, Funcap garante 200 bolsas para a Universidade Federal do Ceará
Destinar 45 milhões para ampliar o apoio de à Ciência, Tecnologia e Inovação em Pernambuco. Esse foi o acordo firmado entre a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e a Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (Facepe) que engloba várias metas para os pesquisadores do estado no período de 2016 e 2022. A parceria também prevê da possibilidade de bolsas para professores das autarquias municipais. O próximo passo será o lançamento de editais, a seleção das propostas, a contratação e o acompanhamento de suas execuções.
Ao total, sete metas foram estabelecidas e, dentre elas estão a atração e fixação de pesquisadores doutores pelas IES de Pernambuco no intuito de aumentar a competitividade das Instituições de Ensino Superior de Pernambuco (IES), a ampliação das bolsas de pós-doutorado nos Programas de Pós-Graduação e da oferta de doutorados interinstitucionais (DINTER) em no estado.
No acordo, também ficou estabelecido o estimulo às atividades de cooperação acadêmica nacional e internacional dos Programas de Pós-Graduação (PPGs), onde a FACEPE pretende estimular a participação em projetos e iniciativas que envolvam cooperação científica nacional e, principalmente, internacional, com destinação de recursos adicionais de custeio com notas CAPES 4, 5 e 6. Espera-se lançar três editais (entre 2017 e 2019), apoiando um total de até 40 PPGs.
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Ceará
A Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap) garantiu o aporte de 200 bolsas para a Universidade Federal do Ceará. Com isso, a Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PRPPG) poderá contemplar 170 bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) e 30 bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI).
Em agosto, os programas – mantidos com recursos da Funcap, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da própria UFC – haviam sofrido redução no número de bolsas. Das três instituições, apenas a UFC conseguiu manter todos os benefícios, em um esforço institucional para bancar a iniciação científica e tecnológica. O CNPq cortou 22% e a fundação cearense não havia liberado as bolsas até então.
Com a nova concessão da Funcap, os programas passam a ser parcialmente recompostos. “Esse aporte, em um momento de crise, é um esforço e uma atitude do Governo do Estado que merece aplausos da comunidade científica”, comemora o Reitor da UFC, Prof. Henry Campos. “Com esse anúncio, a Funcap vai na onda contrária de outras agências e não cortou bolsas de iniciação”, completa o Reitor.
Ação institucional
Os recursos estaduais vêm do Fundo de Inovação Tecnológica. Com isso, as bolsas dessa instituição foram concedidas para contemplar apenas as áreas de Ciências Exatas e da Terra, e de Tecnologia.
Para evitar que áreas como a de Humanidades fossem prejudicadas, a Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação realizou uma ação institucional com pesquisadores da área tecnológica e de Ciências Exatas e da Terra que já haviam sido beneficiados com bolsas da própria UFC. Eles tiveram seus benefícios substituídos pelos da Funcap. Com isso, gerou-se um saldo de bolsas de livre distribuição que passou a ser concedido seguindo a ordem de classificação dos pesquisadores no edital do PIBIC.
Na prática, esse rearranjo institucional permitiu uma distribuição mais equilibrada das bolsas nas diferentes áreas de conhecimento, notadamente as ciências humanas. Aproximadamente 72% das cotas próprias da UFC foram utilizadas para atender as áreas de ciências humanas, sociais aplicadas, letras, linguística e artes. “Todas as áreas do conhecimento são prioritárias para a UFC”, diz o Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Prof. Antônio Gomes de Souza Filho. “Essa foi uma ação institucional no sentido amplo, porque foi realizada por iniciativa da PRPPG, mas teve a anuência dos pesquisadores que estavam com concessão de bolsa UFC. Agindo com transparência e maturidade, conseguimos atender a todas as áreas mantendo-nos rigorosamente fiel ao que foi pactuado no edital e ao mesmo tempo atendendo à rubrica de concessão da Funcap”, complementa.
Na distribuição final dos programas, o PIBITI ficou com 42 bolsas, o que significa um crescimento de 57% em relação ao ano passado. O PIBIC totalizou 832 concessões, uma redução de 16,8%. A diferença se explica pelos cortes do CNPq.
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