Livro sobre degradação da Bacia Hidrográfica do S. Francisco Meio Ambiente

terça-feira, 15 março 2016

Publicação da Sociedade Brasileira de Ecologia Humana reúne artigos de professores UFAL e UNEB trata ainda da importância social das atividades pesqueiras

Degradação da Bacia Hidrográfica e a importância social das atividades pesqueiras. Esse é o tema discutido no livro A pesca artesanal no baixo São Francisco: Atores, recursos, conflitos, escrito por pesquisadores do Centro de Ciências Agrárias (Ceca) e da Unidade de Penedo da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), em parceria com professores e alunos do programa de pós-graduação em Ecologia Humana e Gestão Socioambiental, da Universidade do Estado da Bahia (UNEB).

O livro está dividido em seis capítulos: O canyon do Rio São Francisco; Pesca artesanal no cânion do rio São Francisco: modo de vida, desafios e percepções; Peixes, pesca e pescadores do Baixo São Francisco, Nordeste do Brasil; Composição peixes de riachos do reservatório Xingó; Conflitos socioambientais no território pesqueiro do cânion do rio São Francisco e Ecologia dos pescadores e pescadoras artesanais do baixo São Francisco. Nos títulos dos capítulos, são apresentadas duas grafias para a palavra cânion.

De acordo com um dos autores, o professor Cláudio Sampaio, da UFAL, o livro trata de múltiplos aspectos relacionados à pesca e conflitos socioambientais nos territórios do Baixo São Francisco, com relatos atuais que abrangem recursos pesqueiros, artes de pesca, formas de uso e de apropriação dos espaços e recursos naturais.

Autor do capítulo Peixes, pesca e pescadores do Baixo São Francisco, Nordeste do Brasil produzido juntamente com os professores Andréa Paiva e Emerson Soares, também da UFAL, Sampaio afirma: “Este capítulo reúne informações inéditas sobre pesca, pescadores e peixes do Baixo São Francisco com dados coletados desde Penedo até a sua foz, em Piaçabuçu. São apresentados novos registros de espécies de peixes, além de discutir a redução do estoque pesqueiro, a invasão de espécies não nativas e exóticas, além da estagnação da cadeia produtiva.”

Para Cláudio, a publicação deste livro é indiscutível, principalmente frente ao quadro de degradação da Bacia Hidrográfica do São Francisco e da ausência de políticas públicas efetivas que visem sua recuperação. “Destacamos no livro a importância social das atividades pesqueiras e da necessidade do reconhecimento dos direitos das populações ribeirinhas, muitas vezes colocadas à margem das discussões políticas. Embora não seja um livro didático, certamente poderá ser utilizado em discussões, em sala de aula, das disciplinas de Biologia, Engenharia de Pesca, Turismo, Sociologia e Antropologia”.

A versão online da publicação está disponível aqui .

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