Impactos da seca no RN e ações de enfrentamento Geral

quarta-feira, 22 março 2017

Especialistas debatem crise hídrica e suas consequências em seminário dedicado ao Dia Mundial da Água

Atualizada: 24/03/2017 – 11:00

Palestrantes consideram reuso da água alternativa para convivência com a seca

O Seminário Técnico em comemoração ao Dia Mundial da Água (22) realizado na Escola de Governo (Centro Administrativo) nesta quarta (21) e quinta (22), é um dos principais eventos inseridos nas celebrações desta semana da água. Diversos expositores proferiram palestras e debateram a problemática da seca com foco no Rio Grande do Norte, destacando as possíveis alternativas para obtenção de água para suprir a falta de chuvas durante o período de crise hídrica. O reuso da água foi um dos temas defendidos pelos debatedores que apontaram como opção dos pequenos e grandes empresários da agricultura e outros usos menos nobres.

Durante a exposição do painel “Impactos da seca na produção primária”, à tarde, falaram o secretário da Agricultura, Pecuária e Pesca (SAPE), Guilherme Saldanha, o Secretário de Desenvolvimento Econômico (SEDEC), Flávio Azevedo, representante da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (FIERN), Roberto Serquiz e o representante da Diretoria do (Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (IDEMA), Luiz Augusto Santiago Neto.

Agricultura

O secretário da Agricultura fez um relato dos prejuízos agropecuários causados pela falta d’água, citando exemplos de países que superaram a crise hídrica, como é o caso de Israel, onde 90% da irrigação é feita com água de esgoto tratado. Destacou que o nosso Estado tem condições favoráveis como aquífero entre 200 a 300 metros em arenito na região do Açu, equivalente a mais de 600 barragens submersas, capazes de resolver graves problemas que afetam a agricultura e pecuária.

O secretário Flávio Azevedo fez um relato da sua experiência nos primeiros anos da década de 70 quando presidiu a Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) e a construção de sistemas para abastecer a zona sul da capital, como é o caso dos poços no Parque das Dunas entre outras contribuições. Flávio considera a pesquisa como a ferramenta e a inovação tecnológica como ferramentas que precisam ser utilizadas pelos empresários a fim de superar adversidades, sem necessidade de recorrer ao governo.

O empresário Roberto Serquiz, falando sobre Impactos da seca no desenvolvimento industrial, defendeu o reuso da água no combate à escassez hídrica, trazendo benefícios à saúde pública e ao meio ambiente. Ele considera a união entre o saneamento e a produção industrial como indispensáveis no combate aos danos provocados pela escassez de água.

O representante do Idema falou sobre “Impactos da seca na gestão ambiental”, os desafios de manter a sustentabilidade no sexto ano consecutivo de seca quando a flora e a fauna vivem sob ameaça. Seguiram-se discussões e debates coordenados pela professora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Joana D’Arc Freire de Medeiros.

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