Com mais de 2 milhões de espécimes, a plataforma conta também com imagens de oito herbários estrangeiros
Mais de 2 milhões de espécimes vegetais estão disponíveis para acesso público pelo Herbário Virtual. Resultado do programa Reflora, o herbário conta com imagens provenientes do repatriamento de oito herbários estrangeiros (Royal Botanic Gardens, Kew; Muséum National d’Histoire Naturelle de Paris; Royal Botanic Garden Edinburgh; Missouri Botanical Garden; The New York Botanical Garden; Swedish Museum of Natural History; Smithsonian Institution e Natural History Museum of Vienna) e com a parceria de diversos herbários nacionais, incluindo o do Jardim Botânico do Rio de Janeiro (Herbário RB). São 2.361.067 imagens, sendo 959.392 provenientes do repatriamento.
A base física do Herbário Virtual Reflora está instalada no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, que é o responsável pelo recebimento, transcrição e padronização de dados e publicação online das imagens.
O grande diferencial deste sistema é a possibilidade dos taxonomistas realizarem novas determinações online nestas ‘exsicatas virtuais’. Este sistema é capaz de fazer buscas direcionadas, indicar possíveis duplicatas, salvar o histórico das determinações, gerar relatórios periódicos com novas determinações para as instituições parceiras, dentre outras funcionalidades.
Os sistemas da Flora do Brasil 2020 e do HV Reflora possuem comunicação direta, funcionando, o primeiro, como o dicionário de nomes para novas determinações e, o segundo, fornecendo imagens que são associadas às espécies da Flora do Brasil 2020. Além disso, todos os pontos de coletas do HV Reflora são exibidos na plataforma da Flora 2020, melhorando assim o conhecimento sobre a distribuição geográfica dos táxons.
O herbário virtual é financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Já o programa Reflora foi uma iniciativa do CNPq pensada a partir da reivindicação da comunidade científica da área de botânica, tendo como principal objetivo o repatriamento dos espécimes da flora brasileira coletados nos séculos 18, 19 e parte do século 20 (até 1970) e depositados em herbários estrangeiros. O programa contou com o apoio de fontes financiadoras brasileiras: FNDCT/MCTI, CNPq, CAPES, Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa e de empresas privadas – Natura S.A., o Instituto Vale e, mais recentemente, o Fundo Newton, que realizaram investimentos em recursos humanos para a pesquisa e em infraestrutura de tecnologia da informação e comunicação para a transferência, armazenamento e a disponibilização dos dados online com qualidade no Brasil.
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