Sancionado por duas leis, 8 de julho foi escolhido o dia dedicado à ciência e ao pesquisador científico. Mas há motivos para comemorar?
Ser pesquisador e fazer ciência no Brasil ainda é tarefa para poucos. É necessário dedicação, comprometimento, paixão, resiliência e habilidades para contornar os obstáculos. Em reconhecimento aos muitos pesquisadores brasileiros, que ainda acreditam ser possível tornar nosso país uma das nações mais inovadoras, temos o Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico, comemorado em 8 de julho.
A primeira data foi sancionada em 18 de abril de 2001, pela Lei nº 10.221; e a segunda, em 13 de novembro de 2008, através da Lei nº 11.807. Ambas homenageiam o dia da criação da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em 8 de julho de 1948. Desde então, esta entidade se tornou um dos pilares para professores, alunos e pesquisadores de todo o país.
A data tem como objetivo chamar a atenção para a produção científica do país, estimular o gosto dos jovens pela ciência e divulgar o saber científico para a sociedade. Em 2018, para celebrar a data, a SBPC realizou, em diversas cidades, uma comemoração aberta a todos com atividades culturais e uma manifestação pública.
Mas, para a academia, ultimamente a data tem sido vista muito mais como um estímulo à reflexão do que de comemoração. Depois de tantos cortes no orçamento e tantas outras dificuldades em concretizar as pesquisas, nossos cientistas ainda têm o que comemorar?
O presidente da SBPC, Ildeu de Castro Moreira, acredita que é preciso celebrar a data, mas é importante também manifestar a insatisfação com o quadro da ciência e da educação no País neste momento.
Por acreditar que é fundamental comemorar a data colocando em discussão a situação da ciência e dos pesquisadores brasileiros, o portal Nossa Ciência inaugura a série de encontros Nossa Ciência em Debate com a palestra “Os rumos da ciência na era do contingenciamento”, no dia 8 de julho.
A palestrante convidada é a professora Ângela Paiva Cruz, ex-reitora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) nos períodos de 2011 – 2015 e de 2015 – 2019. Em sua bagagem acadêmica e administrativa ela registra a formação em Matemática pela UFRN, o mestrado em Filosofia pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e o doutorado em Educação pela UFRN. Ela atuou na Presidência do Grupo Coimbra de Universidades Brasileiras (GCUB) e na Presidência da Associação Nacional dos Dirigentes de Instituições Federais de Ensino Superior (ANDIFES). Atualmente é Assessora do Gabinete do Reitor Daniel Diniz da UFRN.
Durante o encontro, Ângela Paiva vai colocar em debate os rumos possíveis para se continuar a fazer ciência no Brasil e o que falta para a sociedade enxergar ciência como investimento e não como gasto. Ainda segundo ela, a expectativa para o encontro é muito boa. “Será uma oportunidade para parabenizar os pesquisadores científicos pelo compromisso com a sociedade de construir conhecimento e formar recursos humanos para a pesquisa e inovação, que irão garantir desenvolvimento e soberania para o país”, destaca a professora.
Vagas limitadas. Inscreva-se já.
Nossa Ciência em Debate
Palestra: “Os rumos da ciência na era do contingenciamento”
Data: dia 8 de julho de 2019
Horário: 8 horas
Local: Una Casa – Ponta Negra
Edna Ferreira
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