Na reunião de criação da ReFBN ficou definido que serão fomentadas as pesquisas sobre Água, Clima, Saúde, a luta contra a desertificação em zonas semiáridas, ciências de engenharias e dos sistemas de informação
Representantes de sete fundações estaduais de amparo à pesquisa do nordeste participaram nesta quinta (28), de uma reunião em Recife/PE com os representantes da Embaixada da França, do Instituto de Pesquisa para o Desenvolvimento (IRD), do Centro de Cooperação Internacional em Pesquisa Agronômica para o Desenvolvimento (CIRAD) e do Centro Nacional de Pesquisa Científica (CNRS). Na reunião, discutiram temas relevantes para o desenvolvimento da região e assinaram uma carta de intenção de cooperação internacional entre o Brasil e a França para o fomento à pesquisa e inovação.
A Carta Multilateral de Intenções, denominada Rede Franco Brasileira de Fomento à Pesquisa para o Nordeste (ReFBN), tem o intuito, dentre outros aspectos, de estimular, apoiar e financiar a implementação de projetos conjuntas de pesquisa para o Nordeste, formação de recursos humanos e de inovação , além de fortalecer a relação entre a ciência e sociedade a fim de contribuir para o conhecimento das questões ligadas à temas de interesse para a região.
Prioridades
Serão priorizadas as pesquisas que têm como foco a água (gestão sustentável dos recursos hídricos); Clima (variabilidade climática e impactos regionais; saúde humana (doenças emergentes, crônicas, meio ambiente e saúde); combate à desertificação em zonas semiáridas e degradação de recursos naturais; oceanos (ciências marinhas e ecossistemas costeiros); ciências das engenharias e dos sistemas de informação; energias renováveis (fotovoltaica, eólica, biomassa e marítima); pobreza, desigualdades e desenvolvimento econômico; agricultura familiar, agro-ecossistemas sustentáveis e desenvolvimento territorial; e, urbanismo (habitação, mobilidade e qualidade ambiental).
O presidente da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (Facepe), Abraham Sicsu, reforçou a necessidade desta cooperação como sendo fundamental e, para isto, é necessário o envolvimento de uma rede de pelo menos duas FAPs da região com o acordo. “Nós temos laços históricos de pesquisas com a França e temos tudo para ter uma grande interação e realizar uma agenda conjunta, termos uma parceria efetiva, porque as perspectivas são promissoras”, afirmou.
O Conselheiro da França, Philippe Martineau, ressaltou o interesse que possuem em colaborar para o desenvolvimento de outras parcerias, além de São Paulo e Rio de Janeiro, e lançar um programa de cooperação que priorize projetos de pesquisa. “Temos a visão de que o Brasil possui várias outras oportunidades para estas áreas, então precisamos ver o que podemos fazer em conjunto para contribuir com o desenvolvimento do Nordeste”, disse. Martineau é conselheiro de Cooperação e Ação Cultural Adjunto da Embaixada da França no Brasil.
Cooperação
Em seu perfil no Facebook, o presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa de Alagoas (Fapeal), Fábio Gomes afirmou “Sabemos das dificuldades que o pais enfrenta e enfrentará nas áreas de ciência, tecnologia e inovação e, diante disso, as Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (…) deram um passo extraordinário para contornar alguns problemas, apostando na cooperação internacional com a França.”
Ainda segundo o presidente da Fapeal, a prioridade nos próximos passos é realizar workshops e avançar com as comunidades científicas da região para a construção dos editais em cooperação inter-regional e internacional.
Além dos presidentes da Facepe e da Fapeal, participaram da reunião os presidentes das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa da Bahia (Fapesb), Eduardo Santana, do Maranhão (Fapema), Alex de Souza, da Paraíba (Fapesq), Cláudio Furtado, do Piauí (Fapepi), Francisco Guedes Filho e o diretor técnico da Fundação e Sergipe, (Fapitec), Luiz Eduardo Oliva.
(com informações da Facepe, Fapesq e Fapeal)
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