Ceará planeja seu primeiro parque tecnológico Políticas de C&T

terça-feira, 13 setembro 2016

UFC e Secitece iniciaram conversações sobre o projeto, que contará com recursos do governo estadual e MCTI

Os parques tecnológicos são modelos consagrados no Brasil e no mundo que comprovadamente ajudam a alavancar resultados para o setor de Ciência e Tecnologia. É nesse caminho que pretende seguir o Ceará ao iniciar o planejamento para a implantação de um parque que concentrará várias empresas, centros de pesquisa, laboratórios e incubadoras num mesmo espaço ou próximas. A Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação Superior do Estado (Secitece) e a Universidade Federal do Ceará (UFC) estão juntas nessa iniciativa.

Por enquanto, ainda não foi definido o local do futuro parque, nem os valores que serão investidos, mas o secretário Inácio Arruda (Secitece) e o professor Henry de Holanda Campos, reitor da UFC, se reuniram para conversar sobre os planos de implantação. “A Secitece deve ser a indutora, a catalisadora desse desenvolvimento todo, estimular as universidades e as vinculadas – Funcap, Nutec, Centec a fazer a transferência de tecnologia. Temos instituições de ensino e pesquisa fortes e devemos agregar todo mundo. É nosso dever e obrigação trabalhar e criar no meio do próprio governo esse ambiente”, destaca Arruda.

O secretário está convencido de que o Ceará precisa ter um parque tecnológico. “Atualmente, temos várias iniciativas financiadas pela Secitece e pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações – MCTI, como o Nutec, Padetec, Redenit, Embrapa, FioCruz, que formam pequenos centros e interagem com as universidades, mas é preciso ter uma articulação maior que só a estrutura de um parque tecnológico é capaz de proporcionar”, defende Arruda.

Além de ser uma forma de manter a mão-de-obra qualificada que o Estado já tem e também a que está em formação, o secretário Arruda acredita que trabalhando juntas, essas instituições –instaladas no parque – tendem a criar um ambiente favorável à inovação tecnológica e oferecem mais oportunidades para a transformação da pesquisa em produto, aproximando centros de conhecimento (universidades, faculdades e outros locais de pesquisa) do setor produtivo. “O Ceará caminha para a instalação de seu próprio parque tecnológico, que deverá reunir um contingente considerável de instituições já fincadas no Estado e ainda receber novas”, ressalta Arruda.

Desenvolvimento regional

Ainda de acordo com o dirigente da Secitece, a implantação do Parque Tecnológico do Estado do Ceará, terá ainda como vantagens favorecer um movimento para que as universidades possam aproveitar melhor os ativos de conhecimento já acumulado e investir cada vez mais nas áreas de empreendedorismo e da inovação. “Favorecerá ainda, a sintonia para que esta implantação se torne uma estratégia com prioridade para o desenvolvimento regional, com destaque futuro nacional e internacional”, afirma.

Atualmente, os centros de tecnologia no Ceará encontram-se atomizados em suas mais diversas áreas. “A implantação do Parque Tecnológico realinhará, enquanto estratégia de Estado a atração de empresas com centros de P&D e propiciará a interação com laboratórios já existentes. Para tanto, estão sendo executadas pela Secitece e pelo Governo de Estado, ações como o Estudo de Viabilidade deste Parque Tecnológico (PforR/Banco Mundial) e a elaboração do Projeto Básico e Executivo do referido Parque (MCTI)”, detalha o secretário.

Recursos

Recursos do Fundo de Inovação Tecnológica, oriundos do tesouro estadual, deverão ser utilizados para a criação do parque tecnológico no Ceará, que receberá aporte também do MCTI para definição do projeto básico e espaços desse empreendimento e, a partir daí, ser iniciado o processo de atração das instituições.

A ideia é agregar novos pesquisadores e, principalmente, novos centros de Pesquisa e Desenvolvimento – P&D de grandes empresas. “Diversas delas já desenvolvem pesquisas no Ceará, como HP, Dell, Sony e LG, só para citar algumas das companhias internacionais”, acrescenta o secretário, afirmando que o modelo do Estado não estará fincado em um único ponto, mas com braços em todos os locais do Estado.

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