Alagoas inclui vírus Zika em programa de pesquisa Saúde

Combate ao vírus também é foco de edital do Governo Federal que disponibilizou 65 milhões de reais para ações conjuntas

O Governo de Alagoas, garantindo aportes à pesquisa na área de saúde, conseguiu que o Estado seja um entre os dez do país que promoverão uma nova edição do Programa de Pesquisa Para o SUS (PPSUS).

A chamada vai englobar 44 linhas temáticas, nas quais as pesquisas devem ser inseridas. Elas representam cinco grandes eixos considerados prioritários para as necessidades do sistema público de saúde em Alagoas, de acordo com a avaliação prévia dos próprios acadêmicos e profissionais de saúde que atuam no estado e são quem melhor conhece os problemas a serem enfrentados.

O edital, no valor de R$2 milhões, está disponível no site da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas, www.fapeal.br e os pesquisadores já podem começar a submeter seus projetos. Os temas são os seguintes: 1) Saúde de populações específicas e vulneráveis; 2) Epidemiologia; 3) Saúde, ambiente, trabalho e biossegurança; 4) Bioética, gestão do trabalho e educação em saúde; e, 5) Avaliação de tecnologias em saúde e sistemas e políticas de saúde.

O Zika vírus foi uma inclusão de emergência, mas também se encontram presentes linhas de pesquisas voltadas aos grandes desafios que ainda são representados por doenças crônicas, como câncer e HIV/Aids e pelos cuidados de saúde mental, em sua interface com fatores como uso de drogas, pobreza e violência.

Além da atenção específica às regiões, mais um diferencial das pesquisas do PPSUS é seu foco na aplicação prática: O edital compromete formalmente os pesquisadores a apresentarem os resultados de suas pesquisas, quando convocados pela Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas (Sesau). Assim, os gestores da saúde pública estadual e municipal podem avaliar a incorporação de novos conhecimentos e soluções ao SUS local.

Prevenção e Combate

A Chamada Pública para Prevenção e Combate ao vírus zika lançada pelo Governo Federal no dia 2/6 é uma resposta ao problema que o país vem enfrentando com o surto de casos de microcefalia em bebês relacionados à infecção do vírus. O Edital vai disponibilizar um total de R$ 65 milhões para as pesquisas, sendo R$ 15 milhões do CNPq, R$ 30 milhões da Capes e R$ 20 milhões do Ministério da Saúde. Os recursos serão aplicados em bolsas, custeio e capital.

O objetivo é selecionar propostas para apoio financeiro a projetos que visem à prevenção, diagnóstico e tratamento da infecção pelo vírus zika e doenças correlacionadas, e no combate ao mosquito Aedes aegypti, contribuindo assim para a melhoria das condições de saúde da população brasileira. A Chamada Pública, que será dividida em nove linhas temáticas, é uma ação conjunta do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações/CNPq, do Ministério da Saúde, e do Ministério da Educação/CAPES.

As propostas devem ser acompanhadas de arquivo contendo o projeto e devem ser encaminhadas ao CNPq exclusivamente via Internet, utilizando-se formulário próprio disponível na Plataforma Carlos Chagas, até a data limite de 22/07/2016.