Em vídeo, para o Nossa Ciência, o professor Eduardo Sequerra, do Instituto de Cérebro, da UFRN, explica o porquê
Em pleno combate a pandemia do Coronavírus, aprovar vacinas para distribuição e imunização da população brasileira é o papel que desempenha a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Recentemente, após análises, o órgão negou a utilização da Sputinik V, vacina produzida na Rússia, aqui no Brasil. Mas, quais foram os motivos para essa negativa?
Numa breve mensagem em vídeo para o Nossa Ciência, o professor Eduardo Sequerra, do Instituto de Cérebro, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (ICe-UFRN) explica o que é adenovírus, adenovírus replicante, como é o funcionamento deles dentro da célula e se ele concorda ou não com a decisão da Anvisa) de não aprovar a vacina Sputnik V.
De acordo com ele, a ideia das vacinas de adenovírus é que o cientista manipule o conteúdo genético do vírus. E essa manipulação é basicamente tirar a capacidade do vírus de se replicar.
“No caso da Sputinik V há dois diferentes adenovírus em cada uma das doses, com isso o que se tem é um reforço contra a spike protein e não contra as proteínas do adenovírus da primeira dose. É uma estratégia parecida com a da vacina Oxford-Astrazenica”, explica.
O professor Sequerra esclarece que o que ocorreu na reunião da Anvisa foi que desses dois adenovírus, da primeira e da segunda dose, eles mostraram que um era realmente incompetente para replicar, mas que o outro não era. “E é por isso que a autorização foi negada e na minha opinião com toda a razão”.
Edna Ferreira
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