2018: perspectivas para a ciência (7) Especial

quinta-feira, 18 janeiro 2018

Quais são os desejos da comunidade científica para o Ano Novo? Confira mais respostas da nossa enquete

O ano de 2017 chegou ao fim e certamente para a ciência e tecnologia no Brasil esse período ficará marcado pelos cortes, contingenciamento e tantas outras complicações políticas e econômicas. Virando a página, começa a surgir no horizonte 2018. O que esperar do ano novo? Nossa Ciência ouviu pesquisadores e outros profissionais da área sobre as perspectivas para o país e também para o desenvolvimento científico e tecnológico brasileiro em diferentes áreas.

Eliana Andrade da Silva.  Mestre e doutora em Serviço Social pela Universidade Federal de Pernambuco. Professora do Departamento de Serviço Social da UFRN. Membro do Grupo de Estudos e Pesquisas Questão Social, Políticas Sociais e Serviço Social. Professora da Residência Multiprofissional em Saúde (área Serviço Social). Desenvolve pesquisas nos temas questão agrária e fundamentos do Serviço Social.

“Para o país desejo que 2018 seja um ano de retomada da Democracia e que o Brasil seja dirigido por um representante eleito pelos brasileiros. Que seja implementado um projeto de nação que enfrente as principais questões estruturais do país como a desigualdade social e a pobreza. Para minha área de atuação desejo que, através da retomada de um estado forte, as politicas sociais sejam capazes de dar resposta às dificuldades enfrentadas pela população que vivencia condições sociais precárias.”

 

Alex Oliveira. Mestre em Desenvolvimento Urbano pela Universidade Federal de Pernambuco e Doutor em Urbanismo pela Universidade de Paris Est. Presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão – FAPEMA, Professor Adjunto II da Universidade Estadual do Maranhão e Professor do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Socioespacial e Regional.

“Em 2018, a Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão – FAPEMA tem claramente que deve continuar fazendo investimento em ciência e tecnologia, aprimorando todas as suas políticas de fomento à pesquisa e dando continuidade a uma determinação do Governador Flávio Dino de que a saída da crise passa necessariamente pelos investimentos em ciência e tecnologia. Então, nós já vimos fazendo isso em 2015, 2016 e 2017, ampliando os investimentos da ciência e tecnologia, dobrando o número de bolsas em pós-graduação no Estado do Maranhão e os resultados já estão aí. Hoje, nós temos uma grata satisfação em dizer que em termos de publicação de artigo científico enquanto que o Brasil cresceu 5%, o Maranhão cresceu 20%. Temos a grata satisfação em dizer que em termo de programa de pós-graduação houve uma melhoria significativa nos conceitos de avaliação da Capes dos programas do Maranhão. Então é isso, nós vamos continuar investindo em ciência e tecnologia com foco na inclusão social e na produção de inovação para Maranhão. Esses são nossos dois elementos centrais da política do Maranhão. Pesquisas para a inclusão social que ajudam a diminuir as diferenças e que ajudam a compreender e aponta caminhos para a redução da desigualdade no Maranhão e inovação para que a gente possa fomentar, sobretudo, a juventude para que eles possam colocar suas ideias a serviço da sociedade como acontece com Empresa Júnior, Startups e com investimento nas cadeias produtivas.”

 

José Heriberto Vieira – Presidente da Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe (Fapitec/SE)-

“O Brasil está vivendo um momento difícil na área da ciência por conta dos cortes que estamos sofrendo nesta pasta. A expectativa é que as Fundações se fortaleçam junto com o Conselho Nacional das Fundações de Amparo à Pesquisa (Confap) para lutar por um orçamento maior que atenda as necessidades das Fundações. Mais investimento significa mais financiamento de pesquisas e formação de recursos humanos.

Apesar da forte crise que assola o país, Sergipe vem cumprindo seu planejamento científico fomento projetos de pesquisa e bolsas do ensino médio ao pós-doutorado.  Mesmo com as dificuldades, já podemos sentir alguns resultados positivos da pesquisa em nosso Estado, fruto do investimento e apoio à pesquisa tornando Sergipe destaque no cenário Nordestino e Nacional nas cadeias produtivas do leite, milho, carcinicultura, no Parque Tecnológico, setor mineral, entre outros. Continuaremos investindo em ciência e lutando por mais investimento nesta área em nosso estado.”

Leia também: 2018: perspectivas para a ciência (6)

Mônica Costa e Edna Ferreira

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