Vacinar ou não vacinar? Eis a questão Entrevistas

sexta-feira, 11 setembro 2020

Professora Janeusa Souto, da UFRN, fala da importância da vacinação para a saúde individual e coletiva

Diante da pandemia do coronavírus, o desenvolvimento de uma vacina se tornou tema de interesse mundial. Mas, mesmo diante da gravidade da Covid-19, há uma parcela da população que prefere não tomar a vacina. E nesse ponto, o Governo Federal brasileiro declarou que essa deve ser uma decisão individual. Essa atitude pode pôr em risco a coletividade? Quais as consequências dessa postura negacionista e individualista?

Dentro da série de entrevistas semanais no Instagram, o Nossa Ciência conversou nesta quinta (10) com Janeusa Trindade de Souto, professora titular do Departamento de Microbiologia e Parasitologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Ela possui graduação em Farmácia pela Universidade Federal da Paraíba, mestrado e doutorado em Imunologia Básica e Aplicada pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto e pós-doutorado pela Universidade de Glasgow, na Escócia.

De acordo com a professora, quando uma vacina para a Covid-19 for disponibilizada para a população, sua aplicação deverá seguir critérios para atender primeiro os chamados grupos prioritários. “Acredito que não será uma vacinação geral de imediato, primeiro serão os idosos, depois os profissionais da área da saúde, professores. Da mesma forma como vimos na imunização contra a gripe H1N1”, explicou.

Coletividade

Ela acredita que a vacinação contra o coronavírus será de forma compulsória, isto é, obrigatória para todos. “Quando você toma a vacina não está protegendo somente a si mesmo, mas toda a coletividade. Há pessoas, por exemplo, que não podem tomar determinadas vacinas, por questões médicas. Por isso, é importante que a cobertura vacinal atinja o maior número possível da população, para proteger a todos”, argumentou Janeusa.

Atualmente, a professora Janeusa Souto chefia o Departamento de Microbiologia e Parasitologia do Centro de Biociências da UFRN e se dedica a pesquisas sobre imunologia celular e efeitos anti-inflamatórios de produtos oriundos de plantas medicinais e algas marinhas.

Ela lembra que doenças hoje erradicadas no Brasil como sarampo e pólio estão nessa situação graças às campanhas de vacinação. “Os pais devem vacinar seus filhos e é importante também atentar para as vacinas disponíveis para adultos e adolescentes”, lembrou.

Para assistir a entrevista na íntegra acesse o link

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Programação de entrevistas:

Setembro

Dia 16 – Professoras Amiria Brasil e Ruth Almeida (UFRN) – “Plano diretor e urbanismo”

Dia 17 – Professor Guilherme Longo (UFRN) – “Biodiversidade”

Dia 23 – Professor Lutiane Almeida (UFRN) – “Compreensão geográfica dos riscos de desastre”

Dia 30 – Professor Nildo Dias (Ufersa) – “Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável: o mundo que queremos!”

Edna Ferreira

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