Para Wellington Duarte, a medida preserva os ganhos financeiros e reprime áreas estratégicas
“Eu nunca vi em toda a minha vida de economista, uma aberração tão grande”. Essa é a opinião de Wellington Duarte, presidente do Adurn-Sindicato, órgão que representa os professores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), sobre os prejuízos causados pela Emenda Constitucional 95, que congela gastos do Governo Federal por 20 anos. Duarte, que é professor do Departamento de Economia da UFRN, garante que essa emenda preserva os ganhos financeiros e reprime áreas estratégicas como educação, saúde e ciência.
Sobre a aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias 2019 (LDO), com a garantia de que a educação terá o orçamento corrigido pela inflação desse ano, Duarte afirmou que foi uma vitória significativa das entidades ligadas à ciência.
O tema foi motivo de vários debates, incluindo uma aula pública, realizada na UFRN. Para o presidente do Adurn-Sindicato, a conquista foi resultante da atuação conjunta de várias entidades. Ele lembra que CNPq e Capes fizeram manifestações públicas pela manutenção dos recursos para o próximo ano e que essa ação acabou levando ao conhecimento de toda a sociedade, a situação que já era conhecida da comunidade científica. “É uma situação de terra arrasada”, afirma.
Após as eleições de outubro, o Adurn-Sindicato fará uma campanha junto aos parlamentares que tiverem sido eleitos pelo Rio Grande do Norte, para conseguir deles a promessa de lutarem pela revogação da EC 95.
Mônica Costa
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