Alta produtividade na pesquisa e responsabilidade social Entrevistas

quinta-feira, 8 outubro 2020

Pesquisador de produtividade 1A, professor Nildo Dias, da Ufersa, assume coluna no Nossa Ciência 

No Rio Grande do Norte,  apenas 208 pesquisadores têm bolsa de produtividade no CNPq, que além de ser um apoio financeiro, é um sinal de reconhecimento pelos pares aos pesquisadores com destacada produção científica. Dividida em cinco níveis, a lista potiguar dos bolsistas de produtividade tem apenas nove pesquisadores no topo da classificação: o nível 1A. Um deles é o professor Nildo da Silva Dias.

Com formação na área de Agronomia, alia sua importante posição na carreira de pesquisador a uma extrema consciência de sua responsabilidade social. Aliás, uma é resultado da outra. É professor permanente do Programa de Pós Graduação em Fitotecnia, da Universidade Federal Rural do Semiárido e tem experiência na área de manejo ecológico e conservação dos solos e da água, com ênfase em tecnologia sociais de convivência com o semiárido e, manejo da salinidade na agricultura.

Agenda 2030

Depois de vencer Prêmios nacionais e internacionais ligados ao uso racional e conservação de água, entre os quais o I Prêmio ODS Brasil/Agenda 2030 na Categoria Ensino Pesquisa e Extensão, Nildo Dias assume a missão de ampliar ainda mais sua atuação para a divulgação dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). A partir de hoje, ele passa a escrever uma coluna quinzenal no Nossa Ciência, chamada “O mundo que queremos”.

Pontuando que já se passaram cinco anos desde que os chefes de 193 países, incluindo o do Brasil, prometeram aos 7,8 bilhões de habitantes da Terra que o planeta seria um lugar melhor para se viver e que ninguém ficaria para trás, o professor lembra que quase um terço das pessoas no mundo estão abaixo na linha de extrema pobreza. Ou seja, vivem com menos de 1,5 dólar por dia, o que representa menos de 10 reais. Outro dado apresentado é que 1 bilhão de pessoas não têm acesso à água potável e não é suficiente apenas garantir o acesso à água potável e ao saneamento, mas também a gestão sustentável dela, afinal é preciso resolver os problemas do planeta sem comprometer as gerações futuras.

Motivação

Para ele a motivação em fazer a coluna é que estamos vivendo em um mundo que precisamos, urgentemente, garantir que ninguém fique para trás, evitando que pessoas morram de fome, malária ou diarreia. Nesta coluna, o foco são os ODS, pautado na Agenda 2030. “Como fazer deste século, o século do progresso social?”, pergunta e acrescenta, “Essa questão será discutida em cada artigo desta coluna na perspectiva de buscar soluções para melhorar a vida das pessoas como assistência à saúde, educação de qualidade, moradia digna, bem-estar e igualdade”.

Sua expectativa é oferecer, quinzenalmente, aos leitores diferentes artigos sobre temas fundamentais relacionados ao desenvolvimento humano em cinco perspectivas: pessoas, planeta, prosperidade, parceria e paz. “Iremos compartilhar e analisar os avanços que cada país deu (ou não) em direção ao cumprimento dos 17 ODS e ainda discutir sobre novas ideias e o que precisa ser mudado para que possamos alcançar com essas metas”, explica.

O professor Nildo garante que devido à complexidade do tema, que impõe conhecimento interdisciplinar, pretende consultar profissionais de diferentes áreas do conhecimento e, a partir de opiniões diversas, produzir textos opinativos sobre os temas relacionados aos objetivos do desenvolvimento sustentável – o mundo que queremos. “Os ODS são complexos, criados por meios de um exercício de intensa consulta. É o que nós queremos, mas será que é possível chegarmos lá?”, deixa a pergunta para se pensar.

Assista a entrevista no IGTV no Instagram

Mônica Costa

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