Olá pessoal, na semana do dia 30 de janeiro a 3 de fevereiro ocorreu na Universidade de São Paulo (USP) o Encontro Nacional dos Estudantes de Química (ENEQUI), que reuniu estudantes de todo o Brasil. O encontro contou com palestras interdisciplinares, minicursos e mesas redondas transmitindo e debatendo a Química e a ciência brasileira e do mundo.
Aproveitando a vinda dos estudantes nordestinos à São Paulo, tive uma conversa com dois estudantes de Química, L. Ferreira, uma estudante de Licenciatura em Química da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) e Irisvan Yury, estudante da Universidade Federal da Bahia (UFBA).
Nossa conversa foi sobre a situação e importância da ciência e educação no Brasil e no Nordeste. Nessa semana, veremos a entrevista com a estudante de Licenciatura da UEPB do sétimo período, que fala sobre a estrutura de sua universidade e as dificuldades do ensino de Química.
Qual o ponto positivo da sua Universidade e do curso?
Eu destaco o apoio de parte dos docentes. Alguns poucos professores nos dão apoio, vão conosco aos estágios, vão na escola com você.
E um ponto negativo?
Temos problemas na infraestrutura da universidade. Temos laboratórios de pesquisa em construção há 4 anos. Também há problemas na grade do meu curso, onde há matérias desnecessárias para uma Licenciatura, como as matérias relacionadas a Física, que além de pouco úteis para o ensino em sala de aula, causam muitas reprovações.
Falta apoio ao ensino de ciências em seu estado?
Vejo dificuldade de transmitir o conteúdo para os alunos, já que o conteúdo aprendido na universidade é naturalmente mais aprofundado que o conteúdo no ensino médio. Falta apoio a como dar aula do conteúdo para os alunos. Eu sugiro a implantação de uma matéria relacionada à vivência na sala de aula, acho que falta uma cadeira de vivência, que nos ensine realmente a dar aula.
Como incentivar os jovens para as carreiras científicas?
Acho que o ensino de Química deveria ser aliado às situações do cotidiano dos alunos. Os alunos só veem a Química nos livros, não conseguem vê-la no dia a dia.
Qual a importância da ciência para o desenvolvimento do Nordeste?
Um exemplo dessa importância é o meu trabalho de conclusão de curso. Meu TCC é relacionado a um aterro sanitário da minha cidade. Estou buscando uma forma de conscientizar e mostrar os malefícios desse aterro para o solo e para o reservatório de água da cidade que é próximo a esse aterro.
Gostou da coluna? Do assunto? Quer sugerir algum tema? Queremos saber sua opinião. Estamos no Facebook (nossaciencia), Twitter (nossaciencia), Instagram (nossaciencia) e temos e-mail (redacao@nossaciencia.com.br). Use a hashtag# HojeéDiadeCiencia