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terça-feira, 25 agosto 2020

Para além de uma solução biológica, grupo americano de pesquisa investe em estratégias físico-químicas para enfraquecer o vírus

A mídia divulgou amplamente nesta semana os estudos da pesquisadora Mónica Olvera e de sua equipe da Northwestern University (EUA) que tem pesquisado estratégias alternativas ao desenvolvimento da vacina.

Para além da solução biológica, o grupo de pesquisa investiu em estratégias físico-químicas para enfraquecer o vírus. Esta solução é promissora à medida em que não é afetada por mecanismos de resistência desenvolvidos pelo vírus. A justificativa para o estudo é bem clara: rins, coração e estâmago são primariamente afetados pelo Sar-Cov-2 devido ao contato de proteínas do vírus com as enzimas conversoras de angiotensina.

E esta interação é primariamente eletrostática! Ou seja, as cargas positivas presentes na coroa que decora o vírus facilitam o processo de interação destes com as células sadias do organismo. Se o vírus entra em contato com alguma molécula que neutralize esta carga, ele será inevitavelmente enfraquecido por não mais apresentar potencial de interação com as células do corpo. Estamos falando em uma “embalagem com carga total negativa” que neutraliza a carga do vírus e fuciona como uma armadilha para ele, o que inibiria o ataque às células sadias.

E para efetivar esta ideia, se faz necessário o desenvolvimento de um polímero que pode ser administrado (por exemplo) por via nasal para atuar conjuntamente com os demais agentes biológicos (vacinas) no combate do multifacetado vírus.

Vale ressaltar que esta vem sendo a estratégia físico-química aplicada na confecção de máscaras e roupas inteligentes que inibem a proliferação do vírus. A barreira é fazer com que estes novos materiais possam entrar em nossos corpos, estabelecendo um novo front de batalha contra o covid-19.

Referência:

Fonte: O Globo – Tratamento da Covid-19: pesquisadora encontra ‘ponto frágil’ do coronavírus que pode servir para neutralizá-lo

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Helinando Oliveira é Professor da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) desde 2004 e coordenador do Laboratório de Espectroscopia de Impedância e Materiais Orgânicos (LEIMO).

Helinando Oliveira

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