Os grupos de pesquisa da Paraíba são vistos como potenciais geradores de riqueza e redutores de desigualdade
Os Grupos de Pesquisas são as células de geração e difusão de conhecimentos científicos e tecnológicos das Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs) e, consequentemente atores fundamentais do Sistema de Inovação. São eles que desenvolvem atividades de pesquisas, laboratoriais e de extensão universitária, todas integradas às demandas das empresas e da sociedade em geral. Com base nesse entendimento, os Grupos de Pesquisa podem ser assimilados como alicerce para o progresso material e social da população.
Por meio de buscas no banco de informações do Diretório de Grupos de Pesquisa (DGP) do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) é possível mapear a base e as competências técnico-científica de uma região ou estado. Por exemplo, recorrendo à base corrente do DGP/CNPq entre os dias 28 e 29 de fevereiro de 2020, observamos que as principais ICTs paraibanas contam com 1200 Grupos de Pesquisa, distribuídos em ordem decrescente: Universidade Federal da Paraíba (506), Universidade Federal de Campina Grande (316), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (183) e a Universidade Estadual da Paraíba (174).
Esses Grupos de pesquisa abrangem todas as grandes áreas de conhecimento: Humanidades (Ciências Humanas, Sociais Aplicadas, Linguística, Letras e Artes), as Ciências Aplicadas (Engenharias, Computação, Ciências Agrárias e Ciências Exatas e da Terra) e as Ciências Biológicas e da Saúde. Assim, o Estado da Paraíba apresenta uma base de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) bastante diversificada e com conhecimento necessário para melhoria do progresso material e, portanto, do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
Ainda segundo a nossa consulta recente, outros números indicam que estamos diante de um potencial de capital intelectual capaz de criar uma nova Paraíba.
Reafirmando o que temos realçado em artigos anteriores nessa coluna, o debate atual sobre o tema Ciência e Tecnologia desafia cada vez mais a universidade a transformar o conhecimento por ela gerado em desenvolvimento socioeconômico e cultural. Nessa desafiante realidade, os Grupos de Pesquisa e seus laboratórios passam a ser vistos como núcleos dinâmicos para construção de riquezas e redução das desigualdades sociais.
Na perspectiva da construção da universidade do futuro, inovadora e empreendedora, identificar os Grupos de Pesquisa que estão engajados nessa proposta requer um maior detalhamento das parcerias estabelecidas. Esse será assunto de contribuições posteriores.
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Vaneide Ferreira Lopes é pesquisadora e Líder do Grupo Inovação, Tecnologia e Projetos na Paraiba (GiTecPB) e Carlos Alberto da Silva é professor titular da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) e Líder do Laboratório de Pesquisas em Economia Aplicada e Engenharia de Produção (Lapea).
Vaneide Ferreira Lopes e Carlos Alberto da Silva
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