Ricardo Alexino avalia a representatividade na política brasileira, onde a maioria dos candidatos é branca e heterossexual
A questão da representatividade dos segmentos das diversidades nas eleições deste ano é o tema dessa edição da coluna do professor Ricardo Alexino Ferreira. Segundo ele, o Brasil nunca teve equilíbrio de indivíduos das diversidades na constituição do Congresso. Dados do Superior Tribunal Eleitoral mostram que dos 28.561 candidatos apenas 10,8% se autodeclaram negros. A representatividade de negros, indígenas e amarelos ainda é considerada baixa. “Os números demonstram que não há representatividade de fato dos diferentes grupos étnicos no cenário político brasileiro”, analisa.
Em relação a população LGBT+ a situação é ainda mais grave. Para as eleições deste ano, apenas 52 candidatos transexuais e travestis concorrem a um cargo no Legislativo, conforme dados da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais. No Congresso Nacional, apenas um deputado federal se identifica como homem gay cisgênero; não há parlamentar indígena ou senador negro.
As composições étnica e de identidade de gênero dos candidatos que pleiteiam uma vaga como parlamentar nas eleições deste ano sinalizam que o padrão dos anos anteriores será mantido, cita o professor.
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Ricardo Alexino Ferreira
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