E como tudo que teve um início há de se ter também um fim
Há notícias que precisam ser diretas, por mais que sejam doloridas. A coluna Ciência Nordestina vai parar por aqui. E como tudo que teve um início há de se ter também um fim. Foram 5 anos intensos, mais de 250 matérias publicadas, muita energia. Foram épocas difíceis, são tempos difíceis, mas há de se ter um alívio no amanhã, que sempre será um novo dia.
Ao invés de um adeus, quero escrever esta última matéria da coluna Ciência Nordestina com um até logo. Continuaremos desenvolvendo a ciência com sotaque, contra a xenofobia e todas as arbitrariedades dos tempos atuais. Estaremos na trincheira da produção do conhecimento, contra as fake news. Só que precisamos respirar. Arejar as ideias. Praticar o bom silêncio. E voltar mais produtivos do que nunca.
Deixo o meu agradecimento mais que especial às editoras Monica Costa e Edna Ferreira, que mantiveram o canal Nossa Ciência pelo máximo de tempo que foi possível. Não é fácil manter um canal com conteúdo inédito e de tão alto nível por anos. Parabéns a elas. Aos meus leitores e leitoras, muito obrigado. Voltarei logo, logo… Vocês sabem como sou “agoniado” e que este ano sabático há de durar bem menos do que parece.
E para terminar, e não dizer que não falei das flores, um pequeno poema escrito do coração da melhor região deste país: o sertão nordestino.
O Nordeste é o berço e a essência
Aqui o Brasil nasceu
Daqui este país cresceu
Por aqui ele sempre tomou jeito
O Nordeste é ciência, cultura e inovação
É o sol rachando o solo
E vendo a mata branca resistir para além de qualquer outra
Terra de mulheres e homens fortes
Por aqui o povo costuma desafiar o impossível
Conta e canta a patativa que nesta luta
Ele, o impossível, se faz possível
E o fim desta história é sempre igual
É vitória do povo nordestino
Por isto mesmo
Não fiques triste
Ao sinal da primeira chuva, a coluna Ciência Nordestina voltará viçosa e viva como as flores da caatinga
Até lá
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Leia o texto anterior: Investimento em ciência
Helinando Oliveira é Professor da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) desde 2004 e coordenador do Laboratório de Espectroscopia de Impedância e Materiais Orgânicos (LEIMO).
Helinando Oliveira
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