A divulgação científica para os jovens e futuros cientistas precisa ser cada vez mais adaptada a esta nova realidade
O crescente grau de monitoramento de nossos cliques pelas redes sociais e a influência delas na criação de bolhas e de propagação de fake news é um tema que ainda deve ser objeto de pesquisa por muito tempo. É importante entender o efeito de tudo isso sobre as frágeis democracias deste planeta e a tendência que foi acelerada pela pandemia. Esta geração dos “poucos” caracteres está cada mais adaptada a restringir a sua atenção aos títulos das matérias, a ler cada vez menos e ser estimulada cada vez mais por vídeos e pequenas chamadas.
O conteúdo passa a figurar entre os últimos atributos, vindo após todo e qualquer apelo visual possível. No mundo da ciência é possível perceber uma tímida adequação a partir dos resumos gráficos (do inglês graphical abstract) e também da opção dos áudios descritivos. Ter boas imagens já passa a ser uma condição muito necessária para a aceitação em periódicos internacionais. Percebe-se que todos estão tentando se adaptar a um futuro de pouco texto e muita ilustração.
E a divulgação científica para os jovens e futuros cientistas precisa ser ainda mais adaptada a esta nova realidade de um mundo dependente de redes sociais. Não adianta ter o artigo publicado no periódico com um lindo “graphical abstract”…
Antes e após a publicação se faz necessária uma divulgação contextualizada aos dias atuais. Os laboratórios precisam ter perfil em instagram, twitter, facebook, canais no youtube… E não podem apenas compartilhar o link dos artigos. Precisam mastigar seu conteúdo e fazer chegar à população uma informação agradável. Difícil? Muito! Mas precisamos experimentar.
A partir desta terça-feira, escolheremos algumas matérias (escritas) da Coluna Ciência Nordestina do Portal Nossa Ciência para transformá-las em um vídeo no youtube . E esta será a primeira delas. Quer saber um pouco mais sobre as redes sociais e a ciência? Acesse o canal https://www.youtube.com/c/helinandooliveira e assista agora o programa especial que gravamos especialmente para você.
Clica ali e dê seu like, inscreva-se no canal! É a divulgação científica que precisa entrar nos trilhos deste novo modo de contar histórias. Vamos lá?
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Leia o texto anterior: Nanotecnologia e pele de tilápia
Helinando Oliveira é Professor da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) desde 2004 e coordenador do Laboratório de Espectroscopia de Impedância e Materiais Orgânicos (LEIMO).
Helinando Oliveira
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