Ano Novo Ciência Nordestina

terça-feira, 1 janeiro 2019

Na primeira coluna de 2019, o professor Helinando Oliveira fala dos sonhos como base para as descobertas, sejam científicas ou não

Eis que surgem mais 365 dias em branco, como um caderno a ser escrito, minuto a minuto. Óbvio que muitos dirão ser esta uma simbologia velha e ultrapassada, que todo dia é qualquer dia na história do universo. Todavia, eles precisam concordar que este dia é diferente.

Nele temos a oportunidade de parar e pensar sobre a vida, sobre o quanto que ela merece ser vivida e continuada da melhor forma possível.

Nesta primeira coluna de 2019, em pleno primeiro de janeiro, peço permissão para não tratar diretamente de ciência, mas de algo tão valioso quanto a própria descoberta: os sonhos.

A realidade objetiva é a construção materializada dos sonhos. Eles representam a pedra fundamental de tudo aquilo que foi e ainda será construído. Todos os grandes empreendimentos, conquistas, modelos, descobertas… Todos partiram do sonho de alguém. E sonhar é ter a capacidade de abstrair todas as dificuldades em prol de algo maior. Por vezes várias vidas são vividas em função destes tais sonhos. E nesta construção coletiva, quão maior o sonho, mais valem os meios que os próprios fins. Os maiores sonhos são transmitidos de geração a geração. E continuam sendo grandes sonhos…

A igualdade social, a cura do câncer, o fim da fome no mundo…Pode parecer utopia por todo o ano. Porém neste primeiro dia do ano eles têm o direito de ser sonho.

Sei que amanhã volta a ser um dia comum e chegam o IPTU, IPVA, mensalidade de escola, plano de saúde, aluguel, prestação… Sabemos que o ano começa arrancando todo o nosso dinheiro do bolso. Que reste, ao menos, este primeiro dia para sonhar. Por uma sociedade que odeie menos, que sirva mais. Que vá as igrejas e pratique o que ouve por lá.

A espécie humana merece um futuro melhor.

E quase que por um passe de mágica, o futuro, que sempre esteve pronto a ser escrito em límpidas páginas de incertezas surge mais uma vez diante dos nossos olhos.

Vamos lá. Começar de novo.

Respirar, sonhar, respirar.

Há de dar certo.

Feliz 2019.

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Leia o texto anterior: China: educação e futuro

Helinando Oliveira é Professor da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) desde 2004 e coordenador do Laboratório de Espectroscopia de Impedância e Materiais Orgânicos (LEIMO).

Helinando Oliveira

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