Analgésicos são desenvolvidos no Ceará usando venenos de sapos e cobras SCIARÁ

terça-feira, 7 fevereiro 2017

As substâncias utilizadas pelos pesquisadores são encontradas nos venenos do sapo-cururu (foto) e da cobra cascavel

Em parceria com a empresa GenPharma, pesquisadores da Universidade Estadual do Ceará (Uece) desenvolveram novos analgésicos para o tratamento de dores neuropáticas a partir dos venenos do  anfíbio Rinhella jimi, popularmente conhecido como sapo-cururu, e do veneno da serpente Crotalus durissus cascavella, a cobra Cascavel.

Os anestésicos apresentaram potência analgésica sobre a dor de cerca de 100 a 200% superior à da morfina, além de boa absorção por via oral. Além disso, por não serem opióides (derivadas do ópio) estão isentos dos graves efeitos da morfina, tais como dependência, depressão respiratória e euforia.

O projeto é coordenado pelo professor do curso de Medicina da Uece, Krishnamurti de Morais Carvalho, e por Maria Denise Fernandes Carvalho, da GenPharma.

Segundo Krishnamurti, graças ao apoio do programa Subvenção Nacional, da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e mais recentemente dos programas de Apoio à Inovação Tecnológica em Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (TECNOVA/Finep), e InovaFIT, da Fundação Cearense de Apoio à Pesquisa (Funcap), na fase 1, a Uece e a Genpharma sintetizaram novos peptídeos a partir da estrutura química dos naturais e iniciaram os estudos toxicológicos agudos pré-clínicos, última etapa considerada essencial pela ANVISA, antes da realização dos estudos clínicos no homem.

A pesquisa conta também com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Os analgésicos estão em processo de patente.

* Com informações da Uece

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