250 semanas de Ciência Nordestina Ciência Nordestina

terça-feira, 16 agosto 2022

A trajetória de uma parceria bem sucedida em prol da divulgação científica do Nordeste

Esta coluna nasceu de uma conversa descontraída com a editora Mônica Costa em um shopping de Natal, quando decidimos criar um encontro semanal para divulgação científica com os leitores dentro do portal Nossa Ciência. A ideia era que a coluna levasse para todo o canto a ciência feita no sertão nordestino, com sotaque e tudo o mais que fosse necessário. O ano era o de 2017, o Brasil acabava de sair do impeachment da Dilma e a ciência corria a toda a velocidade para o fundo do poço. Com isto, estas 250 semanas de ciência nordestina foram de muita divulgação sobre nanotecnologia, mas também de relatos de muitas angústias. Estes foram talvez os piores cinco anos da C,T&I da história recente do Brasil – e como forma de resistência e até terapia, permaneci escrevendo na esperança de que exista uma luz no fim do túnel. Uma grande parte destas matérias já virou E-Book (http://www.univasf.edu.br/~tcc/000018/000018fe.pdf) – Semanário de um Cientista Brasileiro – e o mais importante é que estes encontros semanais terminaram por registrar o sofrimento de quem vive para fazer ciência.

Chego a esta marca simbólica e feliz de 250 semanas de coluna desejando vida longa ao Portal Nossa Ciência para que dessa forma sejamos resistência para atravessar os dias de escuridão e voltar a ter esperanças no apoio à produção de conhecimento no Brasil.

Obrigado a você, minha leitora e meu leitor que compartilha comigo todas as terças das agruras e resiliências do ato de fazer ciência. Obrigado, Edna Ferreira e Mônica Costa pelo apoio de sempre. Que venham mais 250 semanas, felizes, esperançosas e de muita ciência. A ciência nordestina resiste.

Nota da Editora:

Divulgação científica no Brasil é uma tarefa árdua para todos os envolvidos, sejam cientistas, jornalistas, alunos e simpatizantes. Divulgar o protagonismo nordestino nessa área pode parecer uma tarefa ainda mais difícil e heroica. A coluna Ciência Nordestina simboliza tudo isso: resistência, heroísmo, esperança, competência e superação.

Essa parceria demonstra que ciência e cientistas de qualidade não são exclusividades das regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste. O Nordeste e também os estados do Norte são ricos em instituições e profissionais dedicados ao saber científico.

Ao longo dessas 250 semanas, os textos do professor Helinando Oliveira traduziram com sentimento e clareza os diferentes momentos pelos quais passou o país nesses quase 5 anos. O cenário científico, político, humano, educacional, entre outros, inspiraram as palavras desse mestre.

Agradecemos ao professor Helinando a confiança e a parceria em prol da divulgação científica do Nordeste. Que venham mais 250 edições.

A coluna Ciência Nordestina é atualizada às terças-feiras. Leia, opine, compartilhe e curta. Estamos no Facebook (nossaciencia), Twitter (nossaciencia), Instagram (nossaciencia) e temos email (redacao@nossaciencia.com.br). Use a hashtag CiênciaNordestina.

Leia o texto anterior: Miró da Muribeca e a ciência marginal

Helinando Oliveira é Professor da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) desde 2004 e coordenador do Laboratório de Espectroscopia de Impedância e Materiais Orgânicos (LEIMO).

Helinando Oliveira

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