Encerrando a semana em homenagem ao Dia Nacional da Caatinga, o artigo do reitor José de Arimatea de Matos, da Ufersa
Um dos maiores e mais importantes biomas brasileiros, a Caatinga, é o refúgio de várias espécies da fauna e flora nordestina. E é nesta região que uma boa parcela da população brasileira vive e trabalha. Estimular a economia, gerar renda e manter a área sustentável são as premissas para o desenvolvimento da Caatinga e consequentemente da região e do país. A Universidade Federal Rural do Semi-Árido, a Ufersa, está inserida nesse bioma como um campo de conhecimento e de pesquisas. Não é a toa que a instituição tem o nome rural na sua identificação. Desde os tempos de Escola Superior de Agricultura de Mossoró – ESAM, a Ufersa vem exercendo um papel de vanguarda, gerando ciência e comprovando que a cada dia é possível prosperar a partir da terra seca e do solo rachado do sertão nordestino.
Presente no interior potiguar – na região onde o semiárido encontra o mar – a Universidade há muito que é uma referência para a caatinga nordestina. Seja na graduação, com os cursos da área agrária, ou na pós-graduação, com pesquisas e estudos na fitotecnia e na ciência animal, a Ufersa contribui para o desenvolvimento do bioma onde está inserida. A instituição dispõe de um leque de serviços e pesquisas. Bons exemplos disso são: a residência em animais silvestres que é oferecida no Hospital Veterinário e as pesquisas de solo e de vegetais da Fazenda Experimental Rafael Fernandes.
Mesmo com todo esse trabalho em prol da caatinga, reconhecemos que o Bioma precisa de mais investimentos, mais pesquisas, mais cuidados por parte de todos. Não é uma Universidade, sozinha, que vai resolver o avanço da desertificação que assola o semiárido, por exemplo. A academia é uma ferramenta, um alicerce importante para concretizar as ações de convivência e desenvolvimento a partir da seca e do potencial que existe ao seu redor.
Estamos presentes na Caatinga para contribuir e assim já estamos fazendo quando geramos mais e melhor usando a água salobra com uma concentração maior de sais na hora de plantar o sorgo. Outras ações importantes que a Ufersa vem estimulando e pesquisando são as atividades de agrofloresta, sustentabilidade, hortas didáticas. Por meio de programas e projetos de extensão, já levamos produções e orientações sobre maneiras corretas de plantar, de colher, de armazenar alimentos, de criar animais, de gerar renda.
Somos uma instituição jovem da Caatinga, estamos completando 50 anos em 2017, com um importante legado e com novos desafios pela frente. Estamos para servir o nosso bioma e preserva-lo em todas as suas frentes. Somos Ufersa ontem, hoje e amanhã. Somos Caatinga, somos o Semiárido brasileiro.
José de Arimatea de Matos é professor Associado e também Reitor da Universidade Federal Rural do Semi-Árido – Ufersa desde Agosto/2012. Concluiu o doutorado em Agronomia (Irrigação e Drenagem) [Botucatu] pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho.
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