Ciência da música: Do clássico ao eletrônico Colunas

terça-feira, 18 outubro 2016

Na estreia da coluna #HojeÉDiadeCiência, Victor Farinella fala da relação entre música e ciência

Existe muita ciência por trás das músicas que escutamos, do funcionamento dos pianos aos circuitos dos sintetizadores, vemos todo tipo de fenômenos físicos, que aliados à criatividade geram sons maravilhosos.

Primeiro, os clássicos

Como funciona um violão? E um piano? seguem princípios semelhantes?

Para entendermos as questões acima é necessário saber o que são ondas estacionárias. Muito basicamente, são ondas que “vibram paradas”, por estarem limitadas a um espaço fixo e portanto não se propagam como as ondas do mar por exemplo.

Quando tocamos corretamente um instrumento de corda, como um violão ou um piano, produzimos uma vibração bem característica na corda, gerando o que chamamos de nota musical.

Os instrumentos de sopro também trabalham com ondas estacionárias, com a diferença que eles possuem uma extremidade aberta e a vibração se dará no ar e não em uma corda.

Tirando música de um pedaço de plástico.

Para que o Vinil produza som, são estampadas em sua superfície minúsculas ranhuras, planejadas especialmente para produzir o som desejado.

O esquema ao lado ilustra a passagem da agulha do toca-discos pelo disco de vinil, ao passar pelas ranhuras a agulha do vinil vibra lateralmente, essa vibração será transformada em eletricidade dentro da cápsula, graças a relação entre magnetismo e eletricidade.

Michael Faraday demonstrou de maneira experimental que o movimento de um ímã próximo a um fio condutor gera corrente elétrica, e é exatamente isso que vemos no interior da cápsula de um toca-discos.

No próximo esquema vemos que a vibração da agulha movimenta um poderoso e pequeno imã, que ao se aproximar das bobinas, que são fios enrolados, é gerada a corrente que flui através dos lindos fios de cobre desenhados na parte externa da cápsula. A corrente elétrica induzida será amplificada e convertida em ondas sonoras nas caixas de som.

A era do eletrônico

É comum pensarmos que a utilização de dispositivos eletro-eletrônicos na música é algo recente, porém o uso de eletricidade na música data dos anos de 1800.

A ideia de criar músicas inteiras com dispositivos eletrônicos veio com o nascimento dos primeiros sintetizadores, sendo o Mini-Moog um dos mais famosos.

O princípio básico para criar um som em um sintetizador é a variação da voltagem dada ao apertar cada tecla, criando ondas de “formatos” e frequências diferentes o que resulta em sons diferentes.

A música e a transformação do mundo.

Assim como a ciência, a música sempre esteve ligada à inovação e quebra de paradigmas, cada ritmo novo criado rompe e acrescenta o que vinha sendo feito.

Desde sua a “invenção” a música inspira, esteve presente em revoluções sociais e deu o tom a acontecimentos históricos.

A música deu fôlego a revoluções sociais e ajudou gerações inteiras em momentos difíceis. Um bom exemplo foi a ascensão da MPB em pleno regime ditatorial, as canções de Chico Buarque, Tom Zé, Rita Lee, Geraldo Vandré e tantos outros, ajudaram a manter a chama acesa quando não se via luz.

A expressão musical e a criação científica são atividades que nos distinguem, já que somente os humanos são capazes de fazê-las. É óbvio que a ciência e a música possuem métodos diferentes, porém compartilham o desejo da descoberta e a inspiração que nos faz seguir em frente.

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Na próxima terça, estaremos de volta.

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