Queimadas provocam desertificação na Caatinga e no Cerrado Meio Ambiente

sexta-feira, 30 agosto 2019

Dados do Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites-LAPIS apontam que o desmatamento e as queimadas aceleram o processo de degradação dos solos

O desmatamento e as queimadas são vetores da degradação da Caatinga. De acordo com o Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (LAPIS), cerca de 13% do Semiárido brasileiro está em processo de desertificação (moderada, grave ou muito grave).

A seca aumenta as pressões sobre a caatinga, para atender necessidades como fonte de energia tradicional (lenha e carvão) ou como alternativa para geração de renda. Nestes casos, o desmatamento e as queimadas aceleram o processo de degradação dos solos.

O texto publicado no site Letras Ambientais mostra a série histórica das queimadas na Caatinga. Em 2003, foi o maior pico de queimadas no bioma, quando foram detectados quase 33 mil focos de incêndios. Naquele ano, houve apenas uma condição normal de seca. Já em 2007 e 2008, também ocorreram picos de queimadas na Caatinga, com cerca 30 mil e 24 mil focos, respectivamente. Mesmo assim, somente em 2007, houve uma condição de seca moderada, mas 2008 foi um ano chuvoso. Isto quer dizer que nem sempre seca e El Niño coincidem com o aumento das queimadas na região.

Este ano, apenas 2% dos focos de incêndios identificados no Brasil estão na Caatinga. Todavia, o processo histórico de uso do bioma, com práticas tradicionais não sustentáveis, explica porque hoje os solos da região estão tão degradados e em processo de desertificação, com sérias consequências à população.

Matopiba concentra focos de queimadas no nordeste

Quase um terço das queimadas deste ano ocorreram no Cerrado, responsável por 30% do total nacional. Está no Cerrado a região do Matopiba, área de confluência dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, considerada a nova fronteira agrícola do País. Lá também há pequenos trechos de Caatinga e da Amazônia.

Matopiba concentra grande parte das queimadas do Nordeste, que este ano já foram acumulados mais de 11 mil focos de incêndios. Maranhão, Bahia e Piauí lideram o ranking de queimadas na região. Não por acaso, esses estados integram a região do Matopiba e, recentemente, iniciaram um processo de mudança no uso do solo para agricultura industrial, provocando degradação dos solos.

Para ler a matéria completa, acesse o site Letras Ambientais

Fonte: site Letras Ambientais

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