Simpósio reúne abordagens de áreas diferentes para problemas comuns
Durante dois dias cerca de 100 estudantes e pesquisadores, oriundos de diversas regiões do Brasil e também de outros países na América Latina, puderam conhecer algumas aplicações da neuroengenharia, desde a pesquisa básica até a pesquisa aplicada. Esse foi um dos resultados do V Simpósio de Neuroenhengaria, realizado nos dias 29 e 30 de novembro, no Campus do Cérebro do Instituto Internacional de Neurociências – Edmond e Lilly Safra (INN-ELS), em Macaíba, na região metropolitana de Natal.
Convidado para participar de edições anteriores, Paulo Ribeiro, professor colaborador do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) não conseguiu liberação da sua universidade e noutra oportunidade não conseguiu o custeio das despesas. Dessa vez, veio por conta própria, às próprias expensas. “Temos colaborações aqui com o professor Fabrício Brasil. Estamos replicando lá (na UFMA) um projeto desenvolvido por um aluno dele e que poderá ter uma aplicação muito importante”, revela.
O projeto ao qual o professor se refere é um equipamento que poderá auxiliar na medição sinais vitais musculares, cardíacos e cerebrais e envio das informações via web, que está sendo desenvolvido pelo engenheiro biomédico, Amauri Morais, no Mestrado do INN-ELS.
A neuroengenharia é uma área nova no Brasil e no mundo, como informa Edgar Morya, Coordenador de Pesquisa do INN-ELS. A intenção do simpósio é mostrar a alunos de iniciação cientifica e de pós- graduação que as pesquisas desenvolvidas no Campus do Cérebro têm grandes potencialidades. Despertar-lhes o interesse em fazer o mestrado acaba sendo uma consequência.
Um dos projetos divulgados desde o lançamento do INN-ELS, em 2008, a Educação para a Vida, que iria oferecer educação de qualidade para crianças desde o nascimento até o ensino médio, foi cancelado, por não ser prioritário para o Ministério da Educação. Embora a neuroengenharia seja uma área com importância crescente no mundo, com aplicações em áreas como engenharia biomédica e reabilitação, os recursos para as atividades do INN-ELS têm sido reduzidos. “Essa área é um foco estratégico para os países, mas aqui no Brasil a gente tem que convencer as pessoas ainda que isso é importante”, lamenta o gestor.
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Mônica Costa
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