Unidade de pesquisa instalada em Tibau do Sul acompanha o desenvolvimento, em escala comercial, de sementes da ostra preta reproduzidas artificialmente
Em seis meses, um grupo de 15 ostreicultores da Associação dos Produtores Potiguares de Ostras (Aproostra) estará comercializando cerca de 60 mil ostras que foram cultivadas sem terem sido retiradas de bancos naturais dos estuários. As sementes da espécie nativa Crassostrea gasar – popularmente conhecida como ostra preta – foram reproduzidas artificialmente em laboratório e o desenvolvimento dos moluscos está sendo acompanhado em uma unidade de pesquisa, demonstração e produção, montada na Lagoa de Garaíras, no município de Tibau do Sul, distante 77 quilômetros de Natal. Com isso, o Rio Grande do Norte se torna o primeiro estado brasileiro a produzir em escala comercial essa espécie, com sustentabilidade e sem reduzir os estoques nativos que já estão escassos no estado.
Testes para reprodução da ostra preta já foram realizados em laboratórios de universidades Brasil afora. No entanto, pela primeira vez, a reprodução está sendo direcionada em escala comercial para retomar a expansão do cultivo de ostras em estuários potiguares sem agredir os estoques naturais. A iniciativa faz parte do Projeto AquiNordeste, desenvolvido pelo Sebrae para fortalecer de forma integrada a cadeia produtiva da aquicultura nos estados nordestinos.
A iniciativa tem traçado um panorama da aquicultura em todos os estados da região e apresentado tecnologias e inovações para a aumentar a produtividade de espécies aquáticas. Pelo projeto, o Rio Grande do Norte está responsável por liderar a produção de sementes e fornecê-las para as demais unidades, sobretudo Paraíba e Sergipe, este último encarregado de identificar o melhor sistema de cultivo.
Tibau do Sul foi escolhida para a instalação da estação de pesquisa porque é um dos polos produtores do estado, chegando a uma produção anual de aproximadamente 480 mil ostras. O município de Cangaretama possui os maiores bancos naturais e há registros de produção na região que envolve Macau, Guamaré, Diogo Lopes e Galinhos.
A ideia é criar um modelo padrão de produção e desenvolvimento das sementes compatível com a realidade dos produtores da região. Na unidade demonstrativa, as ostras estão sendo cultivadas no sistema de mesa fixa telada e todo o trabalho é acompanhado por dois consultores, a bióloga Flavia Mendonça e o engenheiro de pesca Rui Trombeta.
somos num total 15 produtores de ostras nativas, localizado na terra indígena potiguara da paraíba e estamos com dificuldade no escoamento da produção , produzimos mais de 70.000 unidade durante o ano , precisamos de um consultor técnico para nos auxiliar na venda do nosso produto.l