Nordeste lidera taxa nacional de analfabetismo, diz IBGE Educação

segunda-feira, 25 junho 2018

Estudo aponta que analfabetismo cai em 2017, mas segue acima da meta para 2015

De acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a região nordeste ainda concentra a maior taxa de analfabetismo no país, atingindo uma média 14,5% da população. De modo geral, a taxa de analfabetismo de pessoas com 15 anos ou mais de idade no Brasil caiu de 7,2% em 2016 para 7,0% em 2017, mas não alcançou o índice de 6,5% estipulado, ainda para 2015, pelo Plano Nacional de Educação (PNE). As informações estão no módulo Educação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, divulgado pelo IBGE.

Fonte: IBGE

Em números absolutos, a taxa representa 11,5 milhões de pessoas que ainda não sabem ler e escrever. A incidência chega a ser quase três vezes maior na faixa da população de 60 anos ou mais de idade, 19,3%, e mais que o dobro entre pretos e pardos (9,3%) em relação aos brancos (4,0%).

Quatorze das 27 unidades da federação, porém, já conseguiram alcançar a meta do PNE. As menores taxas foram no Sul e Sudeste, que registraram 3,5% cada. No Centro-Oeste e Norte, os índices ficaram em 5,2% e 8,0%, respectivamente. O abismo regional ainda é grande, principalmente no Nordeste, que registrou a maior taxa entre as regiões, 14,5%, cujos números por estado são:

  • Alagoas – 18,2
  • Maranhão – 16,7
  • Piauí – 16,6
  • Paraíba – 16,5
  • Sergipe – 14,5
  • Ceará – 14,2
  • Rio Grande do Norte – 13,5
  • Pernambuco – 13,4
  • Bahia – 12,7

Alunos fora de faixa

A meta de garantir que 85% dos alunos do ensino médio estejam na idade esperada para a etapa também não foi alcançada. Em 2017, apenas 68,4% dos estudantes estavam na etapa esperada para a idade, mostrando pouca variação em relação a 2016, 68%.

No ensino fundamental, a meta, estipulada em 95%, já havia sido cumprida no ano passado, quando foi registrado 96,5%, subindo para 96,9% em 2017. Porém, ao observar o recorte do 6º ao 9º ano, esse número cai para 85,6%.

Cresce proporção de pessoas com ensino superior e cai número de não escolarizados

Por outro lado, houve aumento no percentual de pessoas com 25 anos ou mais idade com ensino superior completo, passando de 15,3% em 2016 para 15,7% em 2017. Entre os brancos, 22,9 % haviam concluído essa etapa, e na população preta e parda, 9,3%. Em 2016, esses números ficaram em, respectivamente, 22,2% e 8,8%.

Já a taxa de pessoas sem instrução, ou seja, aquelas de 25 anos ou mais que não completaram nenhum ano do ensino fundamental, caiu de 10,7% em 2016 para 8,8% no ano passado. Regionalmente, a maior incidência foi observada no Nordeste, 16,5%, e a menor no Sudeste, 5,5%.

Com informações da Agência IBGE Notícias

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