UFCG passa a integrar rede mundial de pesquisa em desastres naturais

quinta-feira, 14 junho 2018
Muitas pessoas têm na memória aquela imagem do chão seco, rachado e estéril (Foto: Google Imagens)

UFCG será a primeira instituição brasileira na rede colaborativa, que reúne 139 instituições de pesquisa de todo o mundo

A experiência da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) de mais de duas décadas na produção de pesquisas sobre desastres naturais em diversas áreas do conhecimento foi responsável pelo engajamento da instituição em uma das maiores redes internacionais de estudos no campo – a Aliança Global de Institutos de Pesquisa em Desastres (Gadri, da sigla em inglês). Integrante do fórum desde abril deste ano, a UFCG é a única universidade brasileira, dentre as 139 instituições de todo o mundo, a figurar no rol da rede global colaborativa.

Para o representante da UFCG no Gadri, professor Carlos de Oliveira Galvão, da Unidade Acadêmica de Engenharia Civil (UAEC), a universidade sempre produziu estudos e pesquisas sobre desastres em variadas áreas do conhecimento com o objetivo de entender as necessidades locais e regionais a respeito da Gestão da Redução do Risco de Desastres (GRRD).

As áreas contempladas são clima, hidrologia, geologia, biologia, ecologia, agricultura, geografia, engenharia, computação e tecnologia da informação, saúde, direito, sociologia, planejamento urbano e regional, políticas públicas, arquitetura e economia.

Internacionais

“Estes estudos contribuem para o avanço das pesquisas sobre GRRD e participar das redes internacionais é uma oportunidade para compartilhar conhecimento, informações científicas e promover colaborações com diversos outros centros e instituições de pesquisas com iniciativas semelhantes em todo o mundo”, explica o professor, se referindo também a outras redes globais de pesquisa em desastres das quais a UFCG faz parte, a exemplo da Cátedra Unesco para Redução de Desastres Geoambientais, com sede na Universidade de Shimane, Japão.

A internacionalização da UFCG na temática de desastres naturais teve início na década de 1990, com a integração à Rede de Estudos Sociais de Prevenção dos Desastres na América Latina (La Red). O desenvolvimento de pesquisas na área deu seus primeiros passos com o Grupo de Estudo e Pesquisa dos Desastres Naturais, da Unidade Acadêmica de Engenharia Agrícolase, liderado pelos professores Marx Prestes Barbosa e João Miguel de Moraes Neto.

Catástrofes

O professor Marx ressalta que a gestão da redução de riscos de desastres é uma ferramenta importante na mitigação de catástrofes naturais e, para isso, é preciso trabalhar as vulnerabilidades sociais, econômicas, políticas e culturais das comunidades sob alguma ameaça.

“Ao trabalhar as vulnerabilidades, podemos aumentar o grau de resiliência de um indivíduo, de uma comunidade e até mesmo de uma nação. Os países mais adiantados, mais desenvolvidos, são mais resilientes, como mostrou ser o Japão em relação ao terremoto e o tsunami que ocorreu em março de 2011. Para mitigar os desastres, há necessidade que os países tenham suas políticas públicas para a gestão da redução dos riscos de desastres e que tenham em suas bases o social, o econômico, o político e o cultural. Não podemos nunca esquecer que os riscos são construídos socialmente”, enfatiza.

Aliança Global

A Aliança Global de Institutos de Pesquisa em Desastres foi criada em 2015, durante a Segunda Conferência Global de Institutos de Pesquisa em Redução de Riscos de Desastres, realizada na Universidade de Kyoto, no Japão. Com o objetivo de ser um fórum para compartilhamento de conhecimento e promoção de colaboração em temas relacionados à gestão da redução de riscos e aumento da resiliência a desastres, a rede colaborativa reúne 139 instituições de pesquisa dos cinco continentes, sendo a grande maioria da Ásia (60%). As Américas participam do Gadri com 14 instituições, dentre elas, a UFCG.

 

Fonte: Ascom UFCG

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