Projeto motiva a criação de redes de pesquisa no Semiárido Meio Ambiente

segunda-feira, 9 maio 2016

Metodologia inovadora reúne pesquisadores, alunos e agricultores para trabalho conjunto. Primeira ‘célula’ do projeto foi implantada em Sousa (PB)

Comunicar, experimentar, com o intuito de combater à desertificação no Semiárido brasileiro são alguns dos objetivos do Projeto Sistema de Monitoramento do Semiárido Brasileiro (SIMSAB), desenvolvido pelo Instituto Nacional do Semiárido (Insa). Para tanto, a equipe do SIMSAB implantou uma metodologia inovadora, denominada de “Células de Pressão Científica”. As Células de Pressão Científica podem ser definidas como um grupo local formado por pesquisadores, alunos e agricultores que aprimoram e integram os novos olhares sobre a temática da desertificação e expandem às ações de difusão do saber científico e popular. O foco das células é o de facilitar a troca de conhecimentos e vivências entre pesquisadores, agricultores e estudantes das diversas áreas que tratam da temática da desertificação. O intuito é fortalecer o trabalho em rede e fornecer subsídios teóricos e práticos para a reflexão e a tomada de decisões sobre esses processos de degradação no Semiárido.

A primeira Célula foi instituída no município de Sousa (PB), em conjunto com o Instituto Federal da Paraíba (IFPB) e o Núcleo de Estudos em Agricultura Ecológica do Sertão Paraibano (NAESP). A continuidade das ações do SIMSAB permitiu que outra unidade funcional fosse implantada nas regiões do Curimataú e do Seridó paraibano em parceria com o IFPB e o Núcleo de Estudo em Agroecologia (NEA), nos dias 13 e 15 de abril.

Segundo Frederico Campos, coordenador do NEA e professor do curso de agroecologia do IFPB, a implantação da Célula na região vai permitir ações de monitoramento e combate à desertificação com o objetivo de descrever a problemática da desertificação a partir da visão local. “Também suprirá uma demanda por dados de monitoramento de áreas conservadas e desertificadas”, completa o professor.

Já para os estudantes do Curso de Agroecologia, que participam do projeto, as Células trazem a reflexão “sobre o papel dos estudantes do curso de agroecologia, e também busca resgatar a área desertificada, replantando e incentivando outras pessoas a fazerem o mesmo, tentando mostrar as consequências oriundas do problema da desertificação”.

A próxima Célula de Pressão Científica será implantada no município de Patos e região, em parceria com a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) e o Laboratório de Engenharia Florestal, representado pela professora Maria do Carmo Learth.

Mais informações podem ser obtidas pelos endereços eletrônicos do pesquisador Aldrin Perez (aldrin.perez@insa.gov.br) ou da professora Maria do Carmo Learth (c.learth@uol.com.br), UFCG, Patos.

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