Bahia terá 210 hectares de Mata Atlântica restaurados Meio Ambiente

terça-feira, 23 janeiro 2018
Monte Pascoal, localizado no extremo sul da Bahia, onde ficará o corredor ecológico. (Foto: Divulgação/BNDES)

Recursos serão liberados pelo BNDES para execução do projeto Corredor Ecológico Monte Pascoal-Pau Brasil, localizado no sul do estado

O Banco Nacional de Desenvolvimento econômico e Social (BNDES) irá liberar o valor de R$ 3,66 milhões em recursos não reembolsáveis para restauração de 210 hectares de Mata Atlântica no sul da Bahia. A quantia corresponde a 97,5% do investimento total do projeto Corredor Ecológico Monte Pascoal-Pau Brasil, que está localizado no Mosaico de Unidades de Conservação do Extremo Sul da Bahia (MPES). A expectativa é que sua implantação comece ainda neste primeiro semestre.

A proposta apresentada ao BNDES foi feita pelo Grupo Ambiental Natureza Bela, fundado em 2001 no município baiano de Itabela como organização da sociedade civil de interesse público (Oscip). A instituição trabalha pela recuperação de áreas degradadas por meio do plantio de mudas nativas, monitoramento de áreas e formação de corredores ecológicos no extremo sul baiano. Até o momento, já foram restaurados pela Oscip 653 hectares.

Os recursos serão aplicados na região situada dentro do Parque Nacional do Pau Brasil (100 hectares), no Parque Nacional do Monte Pascoal (53 hectares) e na Terra Indígena Barra Velha (57 hectares), localizados no município de Porto Seguro. Segundo o BNDES, o projeto permitirá que o crescimento da floresta reduza a emissão de cerca de 46 mil toneladas de dióxido de carbono (CO2).

Educação ambiental

O projeto engloba também integração do Grupo Ambiental Natureza Bela com a população das áreas a serem beneficiadas. Isso possibilitará capacitar funcionários dos parques, produtores rurais do entorno e indígenas em técnicas de restauração, o que vai gerar oportunidades de trabalho, renda e qualificação para a cadeia de restauração florestal da região.

 Restauração de biomas

Seguindo as diretrizes do Código Florestal de 2012 e da Política Nacional de Recuperação da Vegetação nativa (Proveg), instituída em 2017, o BNDES tem dado apoio à recuperação de biomas brasileiros. A carteira do banco para restauração ecológica soma um total de R$ 293 milhões distribuídos em 29 projetos, envolvendo o restauro de 29,1 mil hectares, destes, 7,1 mil com apoio não reembolsável e 22 mil com recursos reembolsáveis.

Nos projetos reembolsáveis, são financiadas empresas e proprietários rurais. Para os não reembolsáveis, a exemplo do Corredor Ecológico Monte Pascoal-Pau Brasil, recebem apoio as instituições sem fins lucrativos que implementam a restauração em unidades de conservação públicas, áreas de preservação permanente, reservas legais em assentamentos rurais, terras indígenas e Reservas Particulares de Patrimônio Natural (RPPN).

 

Luana França com informações do BNDES

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