Difusor de citronela tem propriedade repelente, inclusive para o mosquito Aedes aegypti, transmissor de dengue, chikungunya e zika e pode ser feito sem contra indicações.
A citronela (Cymbopogon winterianus) é uma planta de origem asiática muito cultivada no Brasil e seu uso é comum em produtos industrializados, como velas, óleos aromáticos e repelentes. A propriedade repelente da planta afasta insetos, inclusive o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika. Uma das formas de utilizar a preparação de citronela é com difusor, que pode ser elétrico ou manual, uma alternativa que pode ser feita em casa.
O professor Jackson Guedes, do Colegiado de Farmácia da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), ressalta que o difusor de citronela manual pode ser feito por qualquer pessoa e não possui contraindicações. De acordo com ele, existem várias preparações para o uso da citronela. Pode-se utilizar tanto o extrato quanto o óleo essencial. “A citronela atua como um repelente natural de insetos”, afirma.
Guedes ensina que para preparar o extrato são usadas folhas frescas de citronela e dois litros de álcool a 70%, que devem ser misturados em um frasco de vidro. Em seguida, o recipiente deve ser fechado e envolvido em papel alumínio. Guedes informa que esta receita foi fornecida pelo chefe do programa Farmácia Viva da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal, Nilton Luz Netto Junior.
De acordo com o professor da Univasf, a recomendação é que as folhas coletadas estejam frescas para conservar os princípios ativos da planta. “As folhas devem ser coletadas entre 5h e 6h da manhã, porque a concentração dos princípios ativos em seu óleo essencial será maior. Temos dois princípios ativos, o citronelal e o geraniol, que são os responsáveis pelo efeito repelente”, explica.
A preparação deve ficar em repouso por uma semana com agitação diária. Depois disso, filtra-se o líquido, que deve ser depositado em um frasco de boca estreita e cor escura. Para começar a utilizar o difusor, basta colocar quatro palitos de churrasco, que devem ser embebidos pelo líquido e trocados ao longo do dia, conforme fiquem sem aroma.
Guedes ressalta que o difusor ajuda no combate ao Aedes aegypti, mas não deve ser a única estratégia. “É muito importante evitar o acúmulo de água parada e usar repelentes e inseticidas no ambiente para que possamos ter, através de várias medidas, um combate mais efetivo contra o mosquito”, destaca.
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