Margareth Diniz, reitora da UFPB, lidera a RENE órgão ligado à Andifes, que busca identificar fontes alternativas de recursos para manter as atividades das universidades nordestinas
A Rede Nordeste (RENE) é a representação das universidades federais do Nordeste na Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes). Funciona como órgão consultivo e deliberativo das IFES nordestinas no Diretório Nacional da Andifes. O titular e o suplente da RENE são eleitos, em plenária, pelos reitores da região, para mandato de um ano. A reitora da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Margareth Diniz foi eleita para liderança da região nordeste no período de agosto de 2017 a julho de 2018. Ela tem como suplente o professor Ângelo Roberto Antoniolli, reitor da Universidade Federal de Sergipe (UFS).
Estar na liderança da RENE é um desafio para a reitora da UFPB, principalmente neste momento pelo qual passa o país. “Sinto-me desafiada a contribuir para o debate sobre a educação superior do Brasil com as IFES nordestinas e também nas ações da Andifes. Sinto-me honrada, em nome da Universidade Federal da Paraíba, de poder levantar a voz e dizer “presente!” na defesa administrativa e política dos legítimos interesses educacionais da sociedade nordestina junto ao governo federal e todos os órgãos e entidades que compõem a cena do ensino superior brasileiro, afirma.
A exemplo do nordeste, cada região brasileira tem a sua representação no Diretório Nacional da Andifes, assessorando a Diretoria Executiva na preparação das agendas administrativa e política, e também em relação aos Fóruns de Pró-Reitores, observando as peculiaridades das demandas de cada região. A RENE conta com 18 das 64 instituições federais que formam a Andifes, quase 30% do quantitativo das IFES.
Soluções
Em sua gestão, a reitora Margareth Diniz enfrentará a questão que atinge todas as universidades brasileiras: o contingenciamento de recursos. Ela explica que o papel da RENE, em face à região que representa, é alimentar as ações e estratégias da Andifes. “Esse tema tem dimensão nacional e é pauta unificada para a Andifes. Estamos trabalhando, regionalmente, na atualização da relação recursos disponíveis-contas e na identificação de fontes alternativas de recursos que mantenham, pelo menos, as atividades que não devem, nem podem, ser interrompidas. Essa estratégia está associada às prioridades de manter as contas em dia e de garantir recursos para áreas vitais da vida acadêmica”, ressalta.
De acordo com a gestora da UFPB, esse período do ano será certamente tomado por ações que reflitam soluções frente a questão dos cortes e da necessidade de manter o controle nas IFES, para assegurar os seus funcionamentos. Entre outros pontos, ela destaca duas iniciativas. “A primeira é a conexão da RENE com os poderes executivos, estaduais e municipais da região Nordeste e também com nossos representantes no Legislativo para encaminhar as demandas universitárias no congresso nacional. A segunda iniciativa é promover ações para modificação, quanto à regularidade e temáticas, do quadro atual de oferta de editais pelas entidades de fomento para atividades acadêmicas de ensino, pesquisa e extensão”, detalha.
Primeiro encontro
No dia 26 de setembro, Margareth Diniz conduziu a primeira reunião da RENE, em Brasília, ao lado do reitor Antoniolli, da UFS. Entre outros assuntos, foram tratados detalhes do Encontro de Reitores das Universidades Federais, que será sediado pela UFPB em novembro.
Na ocasião, ela acompanhou o Seminário Andifes “Financiamento das Universidades Federais”. O tema tem mobilizado os dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES), que enfrentam dificuldades para honrar seus compromissos financeiros, devido às restrições orçamentárias e de contingenciamento de recursos por parte do governo federal.
Edna Ferreira
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