Unidade de conservação, com trecho de Mata Atlântica, localizada entre Pernambuco e Alagoas, é uma das 19 unidades de conservação incluídas em chamada pública
A Reserva Biológica de Pedra Talhada é um trecho de Mata Atlântica que se encontra na região agreste e se estende até Pernambuco, nas proximidades de Quebrangulo (AL) à Lagoa do Ouro (PE) e é um importante locus de preservação de aves nativas. Essa área, junto a outras 18 unidades de conservação brasileiras, deverá se tornar objeto de pesquisa a partir da chamada pública lançada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e seis Fundações de Amparo à Pesquisa do país.
Este edital para pesquisa em unidades de conservação da Caatinga e Mata Atlântica disponibilizará recursos federais da ordem de R$ 4 milhões, resultantes de multas sobre obras de grande impacto ambiental, para serem divididos entre os projetos de pesquisa que deverão ser focados em 19 unidades de conservação brasileiras. A este recurso, devem somar-se a contrapartida das fundações que, pode chegar até R$200 mil em cada estado.
Os pesquisadores da área ecológica ganharam com isso mais uma oportunidade de financiamento para abordar cientificamente as melhores formas de lidar e conservar as áreas protegidas de dois importantes biomas brasileiros.
Parceria
Alagoas, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Alagoas (Fapeal), deve ser contemplado através de projetos a respeito desta área, para a qual o edital reserva aproximadamente R$360 mil em recursos para pesquisas. “Devemos acrescentar R$100 mil em recursos do Governo de Alagoas”, adianta o diretor-presidente da Fapeal, professor Fábio Guedes.
“É esse tipo de parceria que tem possibilitado à Fapeal contemplar os pesquisadores com editais além do básico de auxílio à pesquisa e bolsas. Para partes específicas, a gente vai atrás do recurso, e temos conseguido, apesar desta crise que estamos enfrentando”, pondera o gestor.
A chamada pública, com os critérios de seleção e o cronograma, encontra-se disponível no site da Fapeal. Os projetos de pesquisa, preferencialmente, devem incluir aspectos de sustentabilidade, educação ambiental e desenvolvimento regional e humano.
Esta já é a segunda captação de recursos para pesquisa ecológica que o Governo de Alagoas executa através da Fapeal. Com contrapartida estadual de R$200 mil, em novembro de 2016 foi garantido R$1 milhão para quatro anos de estudo na área de proteção ambiental da Costa do Corais.
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