Estudo da UFPI inclui a seleção de espécies para reflorestamento das áreas degradadas
A restinga é um terreno arenoso e salino, próximo ao mar e coberto por plantas herbáceas. Com objetivo de recuperar essa área degradada no litoral sergipano, um projeto está sendo desenvolvido pelo pesquisador Túlio Vinícius Paes Dantas. O projeto abrangeu do município de Indiaroba até o município de Brejo Grande.
O doutor em Botânica, Túlio Vinícius Paes, explica que a vegetação de restinga tem o importante papel de fixar areia e dunas e impedir a erosão das praias, pois a degradação pode trazer sérios problemas ao meio ambiente. Segundo Túlio, a construção de pontes no litoral sergipano tem causado a degradação dessas áreas, por isso a necessidade de restauração.
Mapeamento
“Com a colonização dessas áreas de restinga, algumas dessas áreas eram degradadas e os órgãos ambientais depois indicavam que essas áreas deveriam ser reflorestadas. Chegava até a universidade para perguntar como recuperar esses espaços degradados, quais plantas a gente tem que plantar nessas áreas de restinga e não sabíamos responder. A recomendação era plantar mangaba e plantas mais simples, mas o índice de mortalidade era muito alto”, explica Túlio.
Diante das dificuldades para a recuperação da área, surgiu a proposta de fazer um mapeamento das áreas que precisam ser recuperadas e da seleção de novas espécies para o reflorestamento. O projeto foi desenvolvido em parceria da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), a Universidade Federal de Sergipe (UFS) e contou com o financiamento da Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe (Fapitec/SE).
Resultados
Para a seleção de novas espécies de plantas foram procuradas pioneiras que auxiliem na restauração da restinga. “Fizemos o estudo das pioneiras e algumas dessas plantas que nós conseguimos as sementes, nós produzimos em viveiro. Temos hoje o mapeamento das restingas, sabemos quais são os fragmentos importantes, quais são as áreas já impactadas. Também temos esse estudo mais técnico de como a restinga se desenvolve, uma parte como um dos processos de desenvolvimento da restinga e temos algumas plantas que hoje nós podemos identificar plantas interessantes para o uso na restauração.”
O mapeamento será entregue a Semarh para que seja disponibilizado no site para que qualquer pesquisador ou qualquer pessoa possa ter acesso.
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