Sebrae realiza Startup day, neste sábado, dia 20, em Natal
Como nascem as startups e do que elas precisam para crescer e prosperar? Com essas perguntas na cabeça centenas de jovens se lançam ao mundo do empreendedorismo, cheios de ideias, mas sem saber exatamente o que querem. De acordo com especialistas do setor cursos, palestras, reuniões, mentorias e consultorias podem ajudar. No Rio Grande do Norte, os empresários encontrarão um espaço para tirar suas dúvidas e contar histórias de sucesso e fracasso no Startup Day, no próximo dia 20, evento promovido pelo Sebrae, que ocorre em todo país.
“No segmento de startups a gente trabalha muito com a capacitação no sentido de como pensar e transformar essa sua ideia em um modelo de negócio”, afirma Carlos Von Shosten, gestor do Projeto Startup do Sebrae-RN. Segundo ele, em 2008, a diretoria da instituição decidiu criar um projeto setorial para atender às empresas de tecnologia da informação e comunicação do estado. Mas, foi em 2012, após o boom do movimento de startups no país, que as empresas de base inovadora foram incluídas no projeto. “Essa onda chegou com muita força e não podíamos ficar de fora, porque era um movimento de empreendedorismo muito forte”, destaca o gestor.
Um projeto setorial tem por objetivo organizar a demanda desses empresários e empreendedores inovadores para, a partir disso, desenvolver ações específicas que venham trazer resultados benéficos. Além da capacitação, mercado, oportunidades de negócios e networking são pontos importantes para o fortalecimento do segmento das startups. “Hoje, o Sebrae tem também um papel de ser um forte “agitador” desse ecossistema, articulando todas as instituições, todas as pernas, para que esse sistema possa estar sempre em movimento, tendo algum tipo de governança em alguns momentos, dependendo da área”, explica.
Quatro estágios de maturidade
Shosten esclarece que a instituição tem várias ações voltadas para o segmento das startups. A cada ano um novo projeto é estruturado tendo como base as demandas identificadas junto aos empresários no ano anterior. “Os eventos de capacitação de startups são diferentes dos eventos de capacitação da área de agronegócio, por exemplo. A estrutura de como funciona, a pegada, o ritmo são diferentes. Não adianta você querer adaptar certas ideologias e certos conteúdos até porque são realidades totalmente distintas”, aponta.
De acordo com o gestor, o Sebrae nacional entende o segmento de startups em quatro estágios de maturidade. O primeiro seria o da curiosidade. “Normalmente seria o estudante, um empreendedor ainda jovem que pela característica da idade, da faixa etária está muito ligado à tecnologia, faz muito uso de tecnologia e pensa em empreender nessa área. Então, para esse público a gente procura ter algumas coisas específicas para atender às necessidades dele, ou seja, como começar a empreender nessa área. Como é que eu começo, qual o primeiro passo? Então, nós temos ações voltadas para ajudar nisso”, ressalta.
O estágio seguinte de maturidade é a ideação, ou seja, o empreendedor já saiu da curiosidade, não sabia o que fazer, mas agora tem uma ideia, e começa a dar a ela contornos de negócio. Depois desse processo de ideação, ele passa a ter algo tangível que já pode ser colocado numa “prateleira” ou que pode ter alguma experiência de usuário, é o estágio de operação. E finalmente, quando a startup entra numa curva de crescimento em ritmo acelerado, é o estágio de tração. “Esses são os quatro estágios de maturidade: curiosidade, ideação, operação e tração. E para cada um desses temos ações específicas, porque são necessidades e demandas que cada um deles precisa de uma forma diferente”, afirma o gestor.
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